Acre contribui para criação de Comitê Nacional de Crise do Madeira

O Acre apresentou o seu sistema de monitoramento (Foto: Cedida)

Se antecipando aos fatos e visando minimizar danos ou evitar novas inundações, o governo do Acre, por meio de uma solicitação da vice-governadora Nazareth Araújo, reuniu-se nesta quinta-feira, 18, no Planalto Central, com os órgãos nacionais de defesa e regulação de energia, água e meio ambiente.

Durante o encontro, o governo federal se comprometeu em criar o Comitê Permanente de Crise da Bacia do Rio Madeira, instrumento de monitoramento dos extremos climáticos do país e das hidrelétricas que atuam na região,  previsto para ser instalado, o mais breve possível, na Agência Nacional de Águas (ANA).

A variabilidade do clima em todo o planeta, especialmente na Amazônia, tem resultado em múltiplos eventos extremos. Em 2014, o Acre ficou isolado do resto do Brasil devido à enchente do Rio Madeira, que inundou a BR-364, tornando a rodovia intrafegável.

“A ANA já havia feito a proposta de instalação do comitê, que foi implementado graças a contribuição do Acre, que endossou a importância do pedido junto ao governo federal”, salienta a diretora técnica do Instituto de Mudanças Climáticas do Acre, Vera Reis, que participou da reunião.

O Acre apresentou os prejuízos econômicos e sociais da enchente de 2014, bem como o seu sistema de monitoramento, que foi elogiado pela Defesa Civil Nacional. O Estado também salientou sua preocupação em relação ao acumulado de chuva na bacia do Madeira, que podem causar a elevação do manancial.

Segundo a vice-governadora Nazareth Araújo, o Estado se dirigiu à Presidência da República para que seja emitido o comando de regulação dos reservatórios de água das hidrelétricas. “Nós queremos o mesmo tratamento do princípio federativo que garanta o bem estar da nossa população”, ressaltou.

Além do Comitê de Crise, também foi realizada a elaboração do Plano de Contingência (Foto: Cedida)

Desdobramentos

Além do Comitê de Crise, também foi realizada a elaboração do Plano de Contingência contra Enchentes do Rio Madeira e a definição de regras operacionais, que devem ser implementadas pelas Usinas Hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio.

“A ANA já determinou aos empreendedores de Jirau e Santo Antônio que façam alteamento da BR-364, no trecho de 20 quilômetros, que ainda não foi cumprido, bem como a remoção das famílias de Abunã e Jaci Paraná”, destacou o procurador do Estado do Acre em Brasília, Armando Melo.

Na próxima segunda-feira, 22, o governador Tião Viana vai se reunir com a direção da ANA para tratar sobre o assunto com os novos gestores.

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