Acre e Peru alinham estratégias de combate à comercialização ilegal de pescado

O comércio ilegal de produtos nas fronteiras traz enormes prejuízos às cidades envolvidas. Nesta terça-feira, 7, os governos do Acre e do Peru reuniram-se em Iñapari (PER) – cidade que faz fronteira com Assis Brasil (AC) – para alinhar estratégias de combate à comercialização clandestina de pescado na região.

Governos alinharam estratégias de combate ao comércio ilegal na fronteira (Foto: Alexandre Noronha/Secom)

Participaram do encontro o diretor-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Ronaldo Queiróz, o secretário de Estado de Polícia Civil, Carlos Flávio Portela, e o subcomandante da Polícia Militar, Ricardo Brandão, ambos gestores acreanos.

Do lado peruano, estiveram presentes os representantes do Ministério Público, Ministério da Agricultura, Diretoria de Turismo e Comércio Exterior de Madre de Dios, Polícia Nacional, Câmara de Comércio de Madre de Dios e da Agência Nacional de Saúde da Pesca (Sanipes).

Entre as ações pactuadas na reunião destacam-se a troca frequente de informação entre as polícias e instituições de fiscalização; a promoção de vistorias integradas e a identificação e autuação dos cambistas ilegais.

De acordo com o diretor-presidente do Idaf, Ronaldo Queiróz, o combate às práticas ilegais é uma política de governo. “Esta é a sexta reunião que fazemos para alinhar nossas ações e redefinir estratégias. É de interesse dos dois governos erradicar o comércio ilegal de produtos na fronteira”, salientou.

Claricsa Guerra, diretora de Turismo e Comércio Exterior de Madre de Dios (PER), observa que “no comércio ilegal apenas duas pessoas são beneficiadas, enquanto no legal todos ganham”. A gestora defendeu uma atuação conjunta dos governos de enfrentamento aos infratores.

O que disseram

“Segurança pública não tem fronteira e qualquer tema que venha aproximar os dois países é sempre importante para estreitar a nossa relação, subsidiando uma troca constante de informação entre as autoridades.” – Carlos Flávio Portela, secretário de Polícia Civil do Acre

“Estamos trabalhando para frear o comércio ilegal de carnes, pois isso representa uma competição desleal com a indústria formal, que respeita as normas fitossanitárias. Essa prática irresponsável de comércio coloca em risco a saúde dos consumidores.” – Fred Inti Bocangel, diretor-presidente da Câmara de Comércio Exterior de Madres de Dios (PER).

“Vamos desencadear um plano de operações para que, em conjunto com a Polícia do Peru, possamos alinhar as medidas desenhadas, intensificando a parte de fiscalização e apreensão de produtos ilegais.” – Ricardo Brandão, subcomandante da Polícia Militar do Acre

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