Acre se destaca no crescimento do IDHM

Jorge Chediek, explicou a importância de discutir os índices e apresentou o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 (Foto: Angela Peres/Secom)

Jorge Chediek, explicou a importância de discutir os índices e apresentou o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 (Foto: Angela Peres/Secom)

O crescimento do IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – no Acre (61%) foi maior que a média do Brasil (47%) e Rio Branco, com índice de 0,727 já tem um índice considerado alto. Foi a capital que mais cresceu na região Norte. Os dados foram esmiuçados durante o Seminário Sobre os Avanços do IDH no Acre e no Brasil nas Últimas Décadas, realizado nesta segunda-feira, na Biblioteca Pública.

O evento foi organizado pelos gabinetes dos senadores Jorge Viana e Aníbal Diniz em parceria com o governo do Estado e contou com a presença do coordenador residente do Sistema das Nações Unidas no Brasil, Jorge Chediek.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) tem sido usado para medir o desenvolvimento dos países, em substituição ao Produto Interno Bruto (PIB), que mede apenas a soma das riquezas produzidas e não leva em conta a distribuição dessa riqueza nem a melhoria da qualidade de vida da população. O IDH calcula também, além do desenvolvimento econômico, o acesso à educação, saúde e longevidade. Para o Brasil, que tem como referência os censos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), instituição reconhecida e respeitada internacionalmente, a Organização das Nações Unidas criou o IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal instrumento mais adequado para corresponder à realidade dos municípios brasileiros.

Nos últimos vinte anos (calculados com base nos censos de 1991, 2000 e 2010) houve um bom avanço dos municípios acreanos no IDHM. Rio Branco atingiu um índice considerado alto, de 0,727, e foi o município que mais cresceu no Norte. A educação, aliás, é uma das principais responsáveis pelo bom desempenho na melhora dos indicadores acreanos.

“O IDHM é um grande instrumento para medir e avaliar a gestão pública e nos auxilia na orientação sobre o que fazer. Rio Branco agora está se disponibilizando para ser objeto de estudo mais detalhado da pesquisa. Rio Branco teve o maior crescimento de todo o Norte e isso nos mostra que estamos no caminho certo da gestão e das políticas públicas”, disse o prefeito Marcus Alexandre.

O senador Jorge Viana, vice-presidente do Senado, ressalta que Rio Branco já tem um IDHM alto, mas o desafio ainda é grande. “Identificamos um desafio enorme pela frente na saúde, educação, economia, longevidade. O PIB não mede isso e o IDH pode ser o sucessor desse índice, como nós temos defendido”, observou.

O governador Tião Viana afirmou que o Acre já avançou muito dentro da realidade brasileira, mas ainda deve avançar mais. “Queremos entender melhor o índice para identificar como podemos melhorar os indicadores, onde devemos atuar com mais atenção e onde temos acertado. A educação tem sido um esforço gigante desde o governo do Jorge Viana, que recebeu uma atenção especial no governo Binho e tem melhorado bastante. Um exemplo é o programa Asinhas da Florestania, que chega às comunidades isoladas na floresta”, disse o governador.

Jorge Chediek, explicou a importância de discutir os índices e apresentou o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, publicação que faz parte do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD Brasil) e está disponível para consulta de forma interativa e didática no site www.atlasbrasil.org.br. “O Brasil tem mostrado que é possível se desenvolver melhorando as condições de vida da população com um modelo alternativo. A economia apenas não representa os indicadores do progresso de um país, por isso criamos um indicador mais adaptado à realidade brasileira, e mais exigente que o IDH Global, que é o IDHM”, explica o representante da ONU.

Para o senador Aníbal Diniz o IDHM é importante para refletir sobre o Brasil, o Acre “e até que ponto estamos trabalhando de maneira acertada para garantir melhoras na condição de vida da população. Colocar praticamente todos os municípios do Acre no patamar da média nacional foi fruto de muito esforço”, comentou.

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