Acre supera desafios e registra marca recorde de 99,18% de rebanho vacinado

Estado mantém números crescentes em razão de investimentos na política de defesa animal (Foto: Arison Jardim/Secom)

Há 17 anos o Acre se mantém livre da febre aftosa, com reconhecimento internacional da World Organisation for Animal Health (OIE) – Organização Mundial da Saúde Animal – há 12.

Os resultados da primeira etapa da campanha de combate à aftosa apontam que, mais uma vez, o estado superou a média de cobertura vacinal proposta às regiões pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), de 95%, alcançando a marca de 99,18% de rebanho vacinado.

No mesmo período em 2015, o resultado foi de 98,57% de cobertura vacinal, e de 99,12% em 2016. O governo do Estado, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), mantém números crescentes em razão de investimentos na política de defesa animal.

Com um rebanho estimado em três milhões de animais, a logística de vacinação no Acre apresenta inúmeros desafios, devido à predominância de localidades de difícil acesso.

“Os resultados comprovam que o trabalho de toda a equipe técnica envolvida está de parabéns e o apoio e suporte recebido do governo do Estado têm ajudado o Acre a se superar cada vez mais. E esse compromisso que temos conquistado dos produtores rurais também tem nos ajudado a vencer o desafio de manter a sanidade animal no estado”, frisou o diretor-presidente do Idaf, Ronaldo Queiroz.

Desafios e parcerias

O Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Acre (Fundepec) assegura a logística para que as equipes de vacinadores cheguem às propriedades mais distantes, incluindo as de fronteiras com a Bolívia e Peru.

Segundo a chefe da unidade do Idaf, em Feijó, Mariana Benevides, os desafios são sempre superados. “Várias propriedades não têm ramal, então o único acesso é com cavalos ou a pé, o que não nos impede de executar o trabalho”, destacou.

Raimundo Araújo, morador do Seringal Sumaúma Nova, localizado em Manoel Urbano, alerta os produtores: “É nossa obrigação manter o rebanho sadio, especialmente quando eles compõem a nossa renda doméstica. Temos que manter longe uma doença tão perigosa como a aftosa”.

As parcerias consolidadas entre o governo e a iniciativa privada refletem diretamente no resultado recordista da campanha contra a aftosa, promovendo o fortalecimento da pecuária acreana.

Qualidade da proteína animal acreana é reconhecida internacionalmente (Foto: Arison Jardim/Secom)

Reconhecimento

A qualidade da proteína bovina do Acre é reconhecida internacionalmente, título que garante as negociações de exportação do produto, conhecido no mercado brasileiro como “boi verde”, devido à maneira como o gado é criado: em pastos e suplementação exclusiva com alimentos de origem vegetal.

Com apenas 13% de área aberta e 87% de floresta preservada, a gestão estadual tem investido em tecnologia para tonar as propriedades ainda mais produtivas e rentáveis, otimizando áreas e diversificando a produção rural. Uma economia verde que tem como base a política de desenvolvimento sustentável.

Sobre a campanha

A campanha é realizada anualmente e dividida em duas fases. Na primeira, os municípios que fazem fronteira precisam vacinar todos os animais. Os demais seguem a exigência de vacinar apenas os de zero a 24 meses. Já na segunda etapa, os criadores são obrigados a vacinar todo rebanho.

Devido ao forte período de chuvas que neste ano se estendeu até o fim maio, o Idaf, junto à divisão de Febre Aftosa do Mapa, aprovou que a campanha de vacinação fosse prorrogada até o dia 10 de junho.

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