Com o ponto facultativo decretado pelo governador Tião Viana, os servidores do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) continuam atuando no auxílio aos desabrigados pela enchente do Rio Acre. São 15 equipes diárias, que se dividem entre a distribuição de cestas básicas e água mineral, a retirada de famílias das casas alagadas e o auxílio na logística nos cinco abrigos públicos mantidos pelo governo do Estado e prefeitura de Rio Branco.

O trabalho é liderado pelo presidente do Imac, Fernando Lima, que ressalta o envolvimento voluntário dos servidores do órgão. “Nós não podemos forçar as pessoas a ajudarem, mas a maior parte dos funcionários da casa fez questão de ajudar, ficar o dia inteiro nesse serviço. Estamos trabalhando até de madrugada”, reconhece.

Além dos servidores, todos os carros e barcos do Imac estão a serviço do governo e prefeitura. O mesmo apoio é dado pelas equipes do Imac no interior do Estado, como Brasileia, onde a enchente atingiu 95 por cento da cidade.

Dentro do Parque de Exposições, a equipe do Imac atua em várias atividades. “Trabalhamos para o público, o coletivo. Seja no órgão onde prestamos serviço ou em abrigos como esses”, disse o servidor Ivo Sena.

Abrigos alternativos

Como os cinco abrigos públicos instalados pelo governo do Estado e prefeitura estão lotados, a ordem agora é buscar abrigos alternativos. A Igreja Metodista Wesleyana, na Estrada da Sobral, presidida pelo pasto Cleves  Mustafá, começou a abrigar as famílias da região dos bairros Ayrton Senna, Aeroporto Velho e redondezas.

A Metodista Wesleyana é frequentada por muitos servidores do Imac e surgiu como alternativa de abrigo. “Nós, que frequentamos essa igreja, falamos com o pastor Cleves e ele prontamente cedeu o espaço. Inicialmente da parte administrativa, mas em seguida houve necessidade de  usar também o salão principal”, contou Fernando Lima.

Além da igreja Metodista Wesleyana, da Sobral, outras unidades da mesma denominação vão abrigar  pessoas que tenham sido atingidas pelas águas do Rio Acre.