Mulheres que participaram dos projetos Mulheres da Paz e Cidadania Feminina recebem certificados

Ao todo, 500 mulheres participaram dos projetos nos municípios de Brasileia, Cruzeiro do Sul e Rio Branco

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  Projetos foram desenvolvidos pelo Governo do Estado por meio do Iapen em parceria com o Instituto Dom Moacyr. Mulheres desfilam bolsas confeccionadas por presas da penitenciária Francisco d’Oliveira Conde (Fotos: Jeronymo Artur)

Ações de cidadania, geração de trabalho e renda desenvolvidas por meio de dois projetos coordenados pelo Governo do Estado através do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) em parceria com o Instituto Dom Moacyr beneficiaram centenas de famílias em três municípios do Estado. Na manhã desta quarta-feira, uma cerimônia marcou a entrega dos certificados para as participantes dos projetos Mulheres da Paz e Cidadania Feminina, Trabalho e Renda: Ação Mulheres da Paz, no auditório do Sebrae- Centro.

O projeto Mulheres da Paz selecionou 300 mulheres líderes em suas comunidades para atuar diretamente com famílias residentes nas áreas de foco do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) do Ministério da Justiça nos municípios de Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Brasileia, como medida para fortalecer as redes sociais de prevenção à violência. Cada uma dessas mulheres ficou responsável pelo acompanhamento de 12 famílias identificadas como pertencentes à faixa de risco social das cinco Zonas de Atendimento Prioritário (ZAPs), onde ocorriam casos de dependência química, violência doméstica, exclusão escolar, por exemplo.

Orientadas por coordenadores do projeto, mulheres como Silvia Maria conheceram de perto e puderam transformar a realidade das famílias que acompanharam durante um ano. Há oito anos atuando como agente de saúde na área da ZAP 5, que abrage os bairros Santa Inês, Belo Jardim e Areal, Silvia sai fortalecida do projeto. "Pude ajudar algumas famílias a mudarem a situação em que viviam com medidas simples como orientação. Algumas delas são tão necessitadas de tudo que muitas vezes nem sabem como começar uma vida nova", avalia. Ela cita como o caso mais sério que acompanhou, o de uma família sem renda, com muitos filhos e que enfrentava o drama das drogas. "Apesar das dificuldades, essas pessoas estão conseguindo superar".

O diretor do Iapen, Leonardo Carvalho diz que a adesão das presas ao projeto Cidadania Feminina, que ofereceu cursos de qualificação profissional a 200 detentas, foi uma surpresa. "O interesse delas foi muito importante para que possam recomeçar. Elas saem emancipadas com capacidade de gerar emprego e renda para suas famílias e o Mulheres da Paz previne a criminalidade elevando as condições humanas das pessoas nas comunidades". Além de promover o acesso a oportunidades de trabalho e emprego com geração de renda, fortalecem a autoestima. Os cursos oferecidos foram Empreededorismo, Cooperativismo, Motivação e autoestima, Confecção de Bolsa em Tecido, Cabeleireiro (Corte e Escova), Jardinagem (Florestais/Ornamentais), Horticultura, Manicure/Pedicure e Unhas Artísticas.

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