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Patrulhamento diuturno tranquiliza moradores das regiões alagadas (Angela Peres/Secom)
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Um dos maiores temores das pessoas que são obrigadas a deixar suas casas durante a cheia do Rio Acre é o roubo de muitos dos pertences que ainda ficaram em suas residências por vândalos, popularmente chamados de “ratos d’água”. Para evitar a prática criminosa, equipes da Polícia Militar do Acre começaram a realizar rondas 24 horas por dia nas áreas alagadas.
Segundo o major Estephan, comandante do Policiamento Ambiental, duas patrulhas fazem ronda dia e noite na região do Taquari, que possui a maior área atingida pelas águas em Rio Branco. Nos bairros Cadeia Velha e Baixada do Habitasa, uma patrulha faz a ronda de dia e duas pelo turno da noite. Já no Seis de Agosto, uma equipe faz a vistoria durante o dia. Os grupos são compostos por três ou quatro homens da PM e não existe lacuna de tempo entre as trocas. “Antes da entrada dos policias, as reclamações eram muitas. O simples fato de os policiais estarem presentes já fez com que as reclamações diminuíssem”, conta o major Estephan.
Além dos patrulhamentos nos bairros alagados, a situação também está complicada no Loteamento do Amapá, aonde não é mais possível chegar por via terrestre, transformando o local em uma pequena ilha, com muitos de seus moradores ainda presentes.
Com apoio do Bope, a Polícia Militar montou uma base que funciona 24 horas por dia na escola municipal local. Oito homens estão responsáveis pela segurança. Quadriciclos foram transportados até o loteamento e ajudam os homens durante a ronda na região, que teve a energia elétrica cortada.
“A situação estava precária. Muita preocupação, a gente não tava nem mais conseguindo dormir com medo de furto, da violência. Estavam roubando botijas, bombas d’água. A chegada da polícia foi ótima. Tá todo mundo dormindo tranquilo de novo”, revela o morador James Santiago.
As equipes da PM também foram responsáveis por um trabalho de salvamento especial: o de retirar cachorros e gatos de telhados de casas cercadas pela água. Só no último sábado, 18, foram retirados dezoito cães e gatos que foram abandonados por seus donos ou eram de rua. Após o resgate, os animais foram encaminhados para o Centro de Zoonoses.
