População indígena recebe assistência do governo do Estado

A situação foi vista de perto na terça-feira, 28, quando o vice-governador, César Messias, visitou a localidade, acompanhado do assessor especial do gabinete civil para os Povos Indígenas, Zezinho Kaxinawá (Angela Peres/Secom)

A situação foi vista de perto na terça-feira, 28, quando o vice-governador, César Messias, visitou a localidade, acompanhado do assessor especial do Gabinete Civil para os Povos Indígenas, Zezinho Kaxinawá (Angela Peres/Secom)

A população indígena de Santa Rosa do Purus foi a mais atingida pela cheia do Rio Purus. 140 famílias de 16 aldeias tiveram casas e/ou roçados totalmente destruídos, além de terem ficado ilhados. A situação foi vista de perto na terça-feira, 28, quando o vice-governador, César Messias, visitou a localidade, acompanhado do assessor especial do Gabinete Civil para os Povos Indígenas, Zezinho Kaxinawá, que permanece em Santa Rosa para auxiliar no trabalho de ajuda aos povos, inclusive na comunicação utilizando o dialeto local.

César Messias coordena a distribuição dos cinco mil sacolões comprados pelo governo do Estado e foi a Santa Rosa acompanhar a entrega dos alimentos aos índios, acompanhado do prefeito José Brasil. “Foi muito triste ver a situação em que eles se encontravam, pois os roçados foram levados pelas águas. Eles vão precisar de assistência por um período, pois não terão como se alimentar. Nós criamos uma espécie de carteirinha para o controle das famílias e a cada 15 dias eles receberão uma cesta alimentícia”, disse o vice-governador

Ações emergenciais já estão em curso como a entrega de cestas básicas, material de limpeza e água potável (Angela Peres/Secom)

Ações emergenciais já estão em curso, como a entrega de cestas básicas, material de limpeza e água potável (Angela Peres/Secom)

O governo do Estado, em parceria com o governo federal, através da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Secretaria Especial de Saúde Indígena, está realizando um diagnóstico nas aldeias para avaliar as perdas e elaborar um plano de ação continuada, tendo em vista que as famílias atingidas irão necessitar de apoio para reconstrução de moradias.

Ações emergenciais já estão em curso, como a entrega de cestas básicas, material de limpeza e água potável. Ações emergenciais de saúde também estão sendo prestadas. Em reunião realizada nesta quarta-feira, o governador Tião Viana reforçou a importância de assistência contínua aos índios atingidos pela enchente. A distribuição de gêneros alimentícios deverá ser mantida por alguns meses, uma vez que toda a plantação foi perdida. Também serão adquiridas ferramentas agrícolas e sementes. As moradias serão reconstruídas e fornecidos utensílios domésticos e de uso pessoal.

O transbordamento dos rios Acre, Purus e Envira, e respectivos afluentes, causou enchentes em vários municípios atingindo dezenas de aldeias indígenas (Angela Peres/Secom)

O transbordamento dos rios Acre, Purus e Envira, e seus afluentes, causou enchentes em vários municípios, atingindo dezenas de aldeias indígenas (Angela Peres/Secom)

De acordo com o diretor da Assessoria Especial Indígena, Marcelo Piedrafita, as áreas indígenas estão sendo monitoradas. “Estamos pensando ainda no momento pós-enchente. Investimentos que já estavam previstos com recursos do BNDES deverão ser agilizados”, disse. O diretor se refere a projetos relacionados ao fortalecimento da produção, combate à desnutrição infantil e atenção de saúde básica.

O transbordamento dos rios Acre, Purus e Envira, e seus afluentes, causou enchentes em vários municípios, atingindo dezenas de aldeias indígenas. Foram afetadas terras indígenas em Santa Rosa do Purus, Feijó, Sena Madureira, Assis Brasil e Boca do Acre (Amazonas), totalizando mais de 1.300 índios atingidos.


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