Secretaria de Educação auxilia no apoio aos desabrigados

 

Enchente do rio compromete aulas em escolas da capital e do interior (Foto: Assessoria SEE)

Enchente do rio compromete aulas em escolas da capital e do interior (Foto: Assessoria SEE)

Na quinta-feira, 23, a Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE) montou uma escala de trabalho das equipes, formadas por funcionários, que estão nos abrigos e instituições de ensino atingidas pela alagação em Rio Branco.

A mobilização dos funcionários inclui a arrecadação de mantimentos. Só na primeira remessa, foram reunidos mais de 2 mil itens (fraldas descartáveis, material higiênico e sacolões) para mais de mil famílias que se encontram alojadas no Parque de Exposições.

 

Telecentro educacional

O Núcleo de Educação Tecnológica (NTE) de Rio Branco montou, dentro do parque, um Telecentro com dez computadores e acesso à internet. O espaço tem como público alvo os jovens a partir de 13 anos que se encontram no local. O acesso é monitorado por voluntários e funcionários do NTE. O lugar funciona diariamente, das 8h30 às 21 horas.

Rosa Braga, coordenadora do NTE, explica que a proposta da instalação do Telecentro é promover, apesar da situação, a inclusão digital para os jovens a partir dos 13 anos de idade para ajudar a minimizar o estresse. “Desde a instalação deste centro, temos cerca de 250 acessos diários”, disse. A pedido do governador Tião Viana, está sendo planejada a expansão de mais telecentros em outros locais que estão servindo de abrigo, como o Sesc/Bosque e o Sest/Senat.

Entre músicas e acesso às redes sociais, Maria Augusta, de 14 anos, abrigada no Parque de Exposições com a família há seis dias, procura por notícias nos sites de informações do estado sobre a situação da enchente. “Acho muito bom todo o esforço feito para nos ajudar enquanto estamos separados de nossas casas. Com o telecentro, podemos continuar desenvolvendo nossas habilidades de informática e nos entreter”, disse a jovem.

 

Governador quer expandir os telecentros a outros abrigos (Foto: Assessoria SEE)

Governador quer expandir os telecentros a outros abrigos (Foto: Assessoria SEE)

 

Situação das escolas

Com o nível do Rio Acre aumentando a cada dia, a situação das escolas está sendo tratada com muita cautela pela SEE, principalmente nos municípios mais afetados, como Brasileia. Nas instituições de ensino onde a água invadiu completamente as dependências físicas, as aulas estão canceladas até que a situação se reverta e seja possível retomar às atividades normais com segurança.

Segundo o secretário de Educação, Daniel Zen, os casos de alunos e funcionários atingidos pela enchente, e, portanto, impedidos de frequentar as escolas que continuam funcionando normalmente, serão resolvidos posteriormente.

“Após o fim desta situação, quando as pessoas estiverem aptas e os bairros alagados não mais apresentarem perigo, uma comissão irá avaliar as faltas de alunos e funcionários escolares e trabalhar em um esquema de reposição da carga horária que, infelizmente, a enchente fez com que se perdesse. Os que não tiveram que deixar suas casas e não tiveram suas escolas fechadas devem continuar frequentando as aulas normalmente”, explicou Zen.

Na zona urbana de Rio Branco, mais de vinte escolas estão com as atividades comprometidas pela alagação, como a Maria Raimunda Balbino e Serafim da Silva Salgado, que contam com 550 e 1.712 alunos, respectivamente. Na zona rural, 43 escolas em Porto Acre, Sena Madureira, Xapuri e outros municípios não puderam dar início ao ano letivo.

Boletim informativo

No endereço eletrônico da SEE, o www.see.ac.gov.br, será publicado progressivamente o “Boletim Alagação”, com informações sobre a situação das escolas afetadas – se foram alagadas, se estão servindo de abrigo para as famílias evacuadas ou estão com problemas relacionados aos alunos e/ou funcionários desabrigados.

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