Voluntariado na alagação

Tereza Cristina: "A força da natureza é inquestionável, mas com um pouco de boa vontade e solidariedade o drama vivido por essas famílias pode ser mediado" (Angela Peres/Secom)

Tereza Cristina: “A força da natureza é inquestionável, mas com um pouco de boa vontade e solidariedade o drama vivido por essas famílias pode ser mediado” (Angela Peres/Secom)

Em Rio Branco, o trabalho voluntariado tem feito a diferença na assistência às vítimas da alagação. No comando do Corpo de Bombeiros Militar do Acre, cerca de 500 pessoas estão ajudando no socorro às famílias: 40 delas são voluntárias.

Elas compõem as 65 equipes que atuam na remoção das famílias alagadas para abrigos públicos ou casa de parentes e amigos. De acordo com o coordenador dessas equipes, Major Eudemir, do Corpo de Bombeiros, sem o reforço voluntário as dificuldades seriam maiores.

“Esse é o momento de união e os acreanos estão dando uma lição de solidariedade. Pessoas carentes, mas de bairros que não foram atingidos pela cheia, estão se apresentando para ajudar na remoção das famílias, até os próprios desabrigados estão colaborando na retirada dos pertences de vizinhos e sem dúvida nenhuma o apoio dos voluntários está sendo muito relevante para a dinâmica desse trabalho”, destacou.

Para o Major, toda ajuda é valida. “Estamos em situação de emergência onde todo apoio é bem vindo e indispensável. Seja pegando no pesado com transporte dos bens materiais das famílias, ajudando na logística das equipes ou em outras prestações de serviços”.

Solidariedade dos acreanos faz a diferença no socorro às vítimas da enchente (Angela Peres/Secom)
Solidariedade dos acreanos faz a diferença no socorro às vítimas da enchente (Angela Peres/Secom)

Solidariedade dos acreanos faz a diferença no socorro às vítimas da enchente (Angela Peres/Secom)

Para a voluntária e coordenadora de uma das equipes de deslocamento das famílias vitimadas pela alagação, Tereza Cristina, ajudar a diminuir o transtorno das pessoas que sofrem com a cheia do rio, faz valer o cansaço de dias de trabalho. Ela faz parte do grupo, formado por seis pessoas, que representa a Super Liga Acreana de Kung Fu e desde o último sábado, trabalha ajudando na alagação.

“Voluntariado é doação. É ajudar sem esperar nada em troca, porém só em constatar que você está em uma situação mais favorável que a dessas famílias já é uma motivação para ajudar. A força da natureza é inquestionável, mas com um pouco de boa vontade e solidariedade o drama vivido por essas famílias pode ser mediado”, disse a atleta.

Ação dos voluntários nos abrigos

Acolhida, orientação, cadastramento, inventário de móveis, recreação e mediação de conflitos são algumas das atividades desenvolvidas de forma voluntária por membros de igrejas, estudantes e sociedade civil em geral nos abrigos públicos mantidos pelo Governo Federal, Estadual e Municipal, para as vítimas da cheia do Rio Acre.

Os voluntários interessados podem procurar mais informações na Administração do Parque e efetuar cadastro. O intuito é diminuir os danos causados a vida dessas famílias, durante a estadia nos abrigos que foram montados no Parque de Exposições, Sest/Senat, Ginásio Álvaro Dantas e Centro Empresarial Sebrae e Ginásio do Sesc.

É o caso do seminarista Isaías Lopes. Ele faz parte do grupo de voluntários da Diocese de Rio Branco e foi ao parque pela primeira vez sem saber como poderia ajudar. “Chegando aqui pude perceber que um gesto simples, pode significar muito para essas famílias. Se a pessoa quer ajudar, mas não sabe como, basta vir ao Parque de Exposições que toda orientação será dada e ela será encaminhada para o local que mais necessitar de ajuda”, explicou.

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