Alunos com altas habilidades: como um núcleo especializado valoriza talentos

[vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”286541″ parallax_speed_bg=”1″ css=”.vc_custom_1499666136435{margin-top: -200px !important;}”][vc_column 0=””][/vc_column][/vc_row][vc_row 0=””][vc_column el_class=”card ” css=”.vc_custom_1499665254329{margin-top: -100px !important;background-color: #ffffff !important;}”][vc_custom_heading source=”post_title” font_container=”tag:h2|font_size:40|text_align:left” google_fonts=”font_family:Ubuntu%3A300%2C300italic%2Cregular%2Citalic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:400%20regular%3A400%3Anormal”][vc_column_text 0=””]“Vai dormir, menino! O que você tanto escreve?”. Essas eram as frases mais ouvidas por Alessandro Silva desde os 11 anos de idade. A mãe, Lucineide Silva, só não imaginava que as horas de sono perdidas na madrugada eram as mais inspiradoras para Alessandro, com notável talento para escrever poesias.

A sensibilidade do poeta, hoje com 16 anos, só foi descoberta recentemente pelo Núcleo de Atividades de Altas Habilidades e Superdotação (Naahs) do Acre, vinculado à Coordenação do Ensino Educacional Especializado, da Secretaria de Educação e Esporte (SEE).

[aspas fala=”Não há fórmula. Às vezes faço dois ou três poemas em um dia, em outras escrevo um verso hoje e o outro só vem daqui um mês, por exemplo” autor=” Alessandro Silva”]

Alessandro conta que foi despertado a fazer versos porque sempre gostou de música brasileira. Curioso, recorria à internet para se aprofundar no significado de algumas palavras. Desde então, as rimas tornaram-se suas melhores aliadas para externar sentimentos.

No momento, o jovem cursa o terceiro ano do ensino médio e integra a Academia Juvenil Acreana de Letras (Ajal). Segundo ele, às vezes os versos surgem no meio da aula. Eles, inclusive, já marcaram momentos na vida de Alessandro em que a poesia foi dada como presente a alguém especial.

“Não há fórmula. Às vezes faço dois ou três poemas em um dia, em outras escrevo um verso hoje e o outro só vem daqui um mês, por exemplo”, diz.

Equipe investe dedicação e tempo

Identificar o perfil do aluno superdotado não é uma tarefa fácil e requer a parceria entre escola e família. Nesse sentido, o Ministério da Educação (MEC) instituiu o núcleo em todos os estados da Federação no ano 2006. Desde então, foram necessários diversos treinamentos para capacitar educadores.

O Naahs atende um público específico que vai dos sete aos 17 anos. Depois de identificado pela escola, que aciona a equipe multidisciplinar do núcleo, o aluno passa a ser observado e estimulado para aprimorar sua habilidade.

Curiosidade, predisposição a liderar, foco e concentração, autonomia e facilidade para instigar e contestar respostas. Essas e outras características por vezes podem ser confundidas nas crianças que apenas apresentam habilidade precoce. Já a superdotação – capacidade mental e física acima da média – é o alvo do trabalho do núcleo.

De acordo com a coordenadora do Naahs Brenda Souza, o maior desafio diante da superdotação ainda é sensibilizar a comunidade escolar acerca do tema. “Pra que o aluno desenvolva aquele talento específico que ele pode ter, o professor precisa acompanhar de perto todo o processo de formação, sobretudo a forma como ele se comporta, porque essa caracterização que o profissional nos passa é que nos ajuda a identificarmos esses alunos”, explica.

Em razão disso, a necessidade de capacitações é constante. De março até junho deste ano, por exemplo, mais de 350 professores receberam novos treinamentos.

Família e escola juntas, talentos aperfeiçoados

Formada em pedagogia e com especialização na área de educação inclusiva, a mãe de Alessandro nem mensurava o tamanho da habilidade do filho antes de ele ser identificado pela escola.

“A professora me ligou me chamando pra uma conversa. Só quando fui até a escola que me dei conta da importância dessa conversa, porque descobri que tinha um filho mais especial do que eu já imaginava. Hoje, como professora, passei a ficar mais atenta também às características dos meus alunos”, relata.

[aspas fala=”Pra que o aluno desenvolva aquele talento específico que ele pode ter, o professor precisa acompanhar de perto todo o processo de formação, sobretudo a forma como ele se comporta” autor=”Brenda Souza”]

Alessandro tem mais de 70 poesias escritas e outras tantas que vão surgir a qualquer momento.

Quanto ao apoio recebido pela equipe do Naahs no ambiente escolar aliado ao incentivo da família, ele resume a gratidão: “Não é questão de superioridade ou inferioridade, é só uma habilidade e alguém enxergou isso. Se não fosse o incentivo que recebi, talvez tivesse guardado isso só pra mim ou quem sabe nem estaria mais escrevendo. Sou muito grato por existir um trabalho como esse, que não vai deixar os talentos passarem despercebidos ou se perderem”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row 0=””][vc_column 0=””][vc_custom_heading text=”Série sobre o Núcleo de Educação e Tecnologia Assistiva” font_container=”tag:h2|font_size:40|text_align:left” google_fonts=”font_family:Ubuntu%3A300%2C300italic%2Cregular%2Citalic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:400%20regular%3A400%3Anormal”][vc_column_text 0=””]Toda criança tem o direito à educação pública, assegurado pelo artigo 205 da Constituição Federal e reafirmado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, mediante a Lei n° 02/2001. O referido artigo infere a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. Também compete ao Estado o atendimento educacional especializado a portadores de deficiência, preferencialmente no ensino regular.

No Acre, os investimentos em políticas públicas educacionais têm sido no sentido de cumprir as leis e diminuir as fronteiras de educação de qualidade para todos. Como resultado de mais uma conquista para o ensino especial no estado, o governo está investindo quase 2,5 milhões na construção do Núcleo de Educação e Tecnologia Assistiva (Neta).

A série a seguir aborda parte do trabalho desenvolvido pela equipe que integra a educação especial em Rio Branco e do público beneficiado por esses investimentos.[/vc_column_text][vc_basic_grid post_type=”post” max_items=”4″ element_width=”6″ grid_id=”vc_gid:1499723354661-a2464453e90824acb020dedf401f0827-0″ taxonomies=”19572″][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row_content”][vc_column 0=””][vc_text_separator title=”Texto de Rayele Oliveira || Fotos de Angela Peres || Diagramação de Adaildo Neto”][/vc_column][/vc_row]

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