Antigo prédio do Colégio Meta será transformado no Museu dos Povos Acreanos

O governo do Estado fará o anúncio oficial das obras do Museu dos Povos Acreanos – A Amazônia Está Aqui, nesta sexta-feira, 12, às 8h30, no antigo Colégio Meta, localizado na Rua Epaminondas Jácome, no centro de Rio Branco.

A solenidade contará com a presença do governador Tião Viana e demais autoridades, além de vários convidados, como ex-alunos, educadores, professores e representantes de diversos segmentos.

O imóvel, construído na década de 1960, sediou o Colégio dos Padres e, logo depois, o Colégio Meta. Em desuso, a edificação, protegida pela lei 1294/99, do Fundo de Pesquisa e Preservação do Patrimônio Cultural do Acre, foi desapropriada em 2016 para ser transformada no Museu dos Povos Acreanos.

O projeto de concepção do Museu foi elaborado como parte da política de preservação do patrimônio material e imaterial, considerando a necessidade de oferecer um espaço onde a identidade acreana possa ser conhecida, percorrida, sentida e apreendida, numa visão ampla, com a oferta de saberes e conhecimentos, apresentados por meio de ferramentas tecnológicas.

Todo o projeto para instalação do museu – desde a construção até a compra de equipamentos tecnológicos interativos – apresenta valor estimado de investimentos na ordem de R$ 24 milhões.

Revitalização e ressignificação

A instalação do Museu no antigo Colégio Meta carrega um significado simbólico por tratar-se da revitalização e ressignificação de um espaço que já estabeleceu relações afetivas e históricas muito relevantes com a população riobranquense. E o prédio continuará exercendo um papel importante de centro formador de educação, sediando um equipamento museal construído para suscitar novas experiências educacionais e culturais, que tangenciam o processo pedagógico contemporâneo.

As ferramentas tecnológicas serão acessíveis e inclusivas, permitindo que o diálogo e interação com o visitante ocorra de forma imediata, sensorial e poética.

Sobre o projeto

O projeto está baseado no conceito de “retrofit”, ou seja, renovação com a manutenção das características originais, mantendo alguns elementos arquitetônicos da edificação antiga (esquadrias, pisos e características estruturais).

O pavimento térreo abrigará: Ayahuasca; Acreanidade; Linha do Tempo I – Frei André Ficarelli; Auditório; Florestania; Educativo I – Atelier de Desenho; Educativo II – Sustentabilidade Fitness; Galeria de Exposições Temporárias; Modos de Viver; Bilheteria; Foyer e Átrio.

Já o superior terá a Midiateca (mapa digital), Movimentos, Insurreições e Revoluções; Povos Acreanos, Geoglífos, A Borracha, Linha do Tempo II – “O Acre” O Empate; Extrativismo: Grãos e Sementes da Vida e Causos, Lendas e Mitos. No último andar terá o Café Terraço.

Para a presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), Karla Martins, o espaço apresenta a ideia de reforçar a identidade do povo acreano.

“O espaço será o primeiro equipamento cultural tecnológico interativo da Amazônia. Ele traça um fio condutor entre o passado, presente e futuro, reconfigura os espaços de memória do estado e surge no conjunto de reformas e restauros de diversos equipamentos culturais e de patrimônio que passam por uma revitalização. O museu será um estímulo às relações que os jovens estabelecem com esses espaços, uma vez que cria uma interatividade direta com os visitantes”, explicou.

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