Cecon encerra 2017 com quase sete mil mamografias realizadas

Em apenas um ano, o Centro de Controle Oncológico do Acre (Cecon) praticamente dobrou o número de exames que detectam o câncer de mama. Em 2016, foram realizadas 3,6 mil mamografias. Já no ano passado, quase sete mil mulheres passaram pelo procedimento.

Referência no diagnóstico do câncer de mama e do colo de útero no estado, o Cecon chega a atender 40 mulheres em dias de muita procura, mas, segundo a gerente de assistência da unidade, Carina Hechenberger, os números poderiam ser maiores, pois há muitos casos de desistência da consulta, além da faixa etária de risco que não busca o atendimento.

“Existe o medo e o tabu de que o exame é dolorido. É um procedimento simples, não invasivo, que não vai machucar. Por isso, as mulheres na faixa etária de risco, de 50 a 69 anos, precisam se conscientizar da importância do exame na detecção precoce do câncer de mama, pois quando a doença é descoberta na fase inicial há muito mais chances de cura”, destaca.

Maria Lucilene Gomes veio de Tarauacá para fazer a mamografia sem filas no Cecon (Foto: Lane Valle)

Fevereiro, novembro e dezembro foram os meses de maior procura por mamografias na unidade – 717, 615 e 656 exames realizados, respectivamente. Os números só perdem para o mês de outubro, em virtude do movimento mundial dedicado à prevenção do câncer de mama “Outubro Rosa”, quando mais de 1,1 mil mulheres passaram pelo procedimento.

A dona de casa Maria Lucilene Gomes, 44 anos, mora em Tarauacá e veio nesta segunda-feira, 8, a Rio Branco fazer o exame, que já realiza há cinco anos (via TFD), depois que descobriu um cisto na mama esquerda e precisa ser acompanhada de seis em seis meses por profissionais do Cecon.

“A médica explicou que o cisto não é perigoso, que é mais o incômodo porque quando cresce demais precisa fazer uma punção para a retirada do líquido acumulado. Por isso, mesmo sob protesto do marido, que às vezes reclama porque venho a Rio Branco, não deixo de cuidar da minha saúde, pois sei a importância de fazer a mamografia e se cuidar”, observa a mulher.

Sem demanda reprimida

No Cecon existem dois aparelhos de mamografia, responsáveis por realizar os exames. O atendimento na unidade para realização do exame é feito por meio de encaminhamento e agendamento prévio nas unidades básicas de saúde. Ao todo, 99 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos, assistentes sociais, apoio administrativo e outros, compõem o quadro de funcionários da unidade.

“Em outubro, em alusão à campanha de prevenção ao câncer de mama, a direção do Cecon implantou o atendimento sob livre demanda, mas vale destacar que não existe demanda reprimida, ou seja, não há fila de espera para a realização do exame, que é agendado pelo sistema de regulação com dia e hora marcados, sendo que o Cecon atende todos os dias, de segunda a sexta-feira”, lembra Hechenberger.

Mamografia é fundamental para diagnóstico precoce de câncer de mama (Foto: Arquivo Secom)

Também no ano de 2017, o laboratório de citopatologia do Cecon, responsável pela leitura de todas as lâminas de coleta de material biológico para exame Preventivo do Câncer de Colo Uterino (PCCU) do serviço público do estado, contabilizou 55,7 mil exames e procedimentos laboratoriais, o que representa 8,1 mil a mais que 2016.

Saiba como agendar o exame

Para realizar a mamografia é necessário agendar o exame. A solicitação é feita por meio de encaminhamento e agendamento prévio nas unidades básicas de saúde.  Em tese, todas as mulheres podem realizar a mamografia. No entanto, não são todas que precisam passar pelo procedimento.

A faixa dos 50 aos 69 anos é definida como o público prioritário para a realização do exame preventivo pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e seguida pelo Ministério da Saúde, baseado em estudos que comprovam maior incidência da doença e maior eficiência do exame.

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