Civilizações dos geoglifos tinham organização e esquemas culturais regionais, dizem pesquisadores

A reafirma a convicção dos estudos atuais quanto à colonização da Amazônia, que ocorreu também a partir de terras firmes e não somente ao longo dos rios

geoglifos.jpg Novo artigo de um grupo de cientistas que estudam os geoglifos do Acre foi publicado pela Revista de Arqueologia,  publicação oficial e anual da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB). Em “Geoglifos da Amazônia ocidental: evidência de complexidade social entre povos da terra firme”, os pesquisadores Denise Schaan, do Museu Paraense Emílio Goeldi; Alceu Ranzi e Jacó Picolli da Univesidade Federal do Acre; e Martti Pärssinen, da Universidade de Helsinque, reafirma a convicção dos estudos atuais quanto à colonização da Amazônia, que ocorreu também a partir de terras firmes e não somente ao longo dos rios.

Os autores de “Geoglifos da Amazônia…” discorrem sobre o trabalho pioneiro de Ondemar Dias sobre as tradições ceramistas identificadas no Acre, que podem guardar relação com os geoglifos, que se constituem de grandes construções geométricas no solo. Parece não haver dúvida quanto ao franco manejo da terra para diversos fins, os quais, no entanto, ainda são um mistério: “Seja o que for que os construtores de geoglifos pretendessem com suas obras monumentais, eles estavam organizados regionalmente, obedecendo a lideranças e esquemas culturais e âmbito regional”, diz o artigo, que pode ser lido na íntegra em http://www.ies.ufpb.br/ojs2/index.php/ra/article/viewFile/1625/1277

Edmilson Ferreira
edmilson.ferreira@ac.gov.br