Com 49 mil alunos alfabetizados, governo consolida programa Quero Ler

Em uma tarde de celebração da educação acreana, o governador Tião Viana realizou a entrega de 10 motos para uso do programa de alfabetização Quero Ler. O ato com professores e alunos foi também para comemorar os 49 mil beneficiados que já concluíram o ensino.

A partir de março próximo, as turmas com os últimos analfabetos do Acre começam as aulas. “As 10 motos são mais um incentivo para os professores irem até os alunos e assim ver que o nível está bom, que as turmas estão motivadas e a desistência, baixíssima. Nós estamos alcançado a meta. Agora em março começam as aulas para os últimos alunos, e o Acre será o primeiro estado do Brasil a atingir o fim do analfabetismo”, declarou o governador.  A meta é alcançar 60 mil alunos alfabetizados.

O secretário de Estado de Educação e Esporte, Marco Brandão, explicou como os novos equipamentos irão ajudar no trabalho de alfabetização. “Esses veículos permitem que nossas equipes cheguem aos lugares mais remotos do Acre. Com isso garantimos se o processo está ocorrendo corretamente e se o material e os alimentos chegaram, por exemplo, a uma comunidade onde são ministradas as aulas do Quero Ler. Além de analisar se as aulas estão sendo bem ministradas e se os alunos estão aprendendo”, explicou.

Os cartazes produzidos por educadores e educandos demonstram o carinho daqueles que participam do programa. Com música e poesia, eles expressavam que o “Quero Ler é alegria, coragem, conhecimento, segurança e luz”, como dizia o conjunto de placas, que no final agradecia o principal incentivador do programa: “Obrigado, governador”.

Motos irão apoiar as ações do programa Quero Ler (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

O secretário de Segurança, Emylson Farias, também esteve presente à solenidade e falou da alegria de poder participar de um momento único para o estado. “Estamos aqui plantando as sementes para o futuro do Acre”, afirmou.

Um grande instante de alegria foi a leitura da poesia do aluno Raimundo Cabral, que declamou o texto com o nome “Floresta”: “Na floresta eu nasci, na floresta eu me criei. Como criança não pude estudar, agora, com esse programa, na escola eu vou entrar. Como a aula é à noite, aqui dá para estudar e trabalhar. Assim, a vida irá melhorar”.

As palavras de Raimundo, agora escritas e lidas por ele próprio, demonstram o grande legado do programa Quero Ler, que é dar oportunidades para aqueles que fizeram a história do Acre, principalmente dando uma nova chance para os que viveram anos e anos nas florestas, cortando seringa, colhendo castanha e plantando sua roça, sem poder estudar. Essa e outras poesias estarão no livro escrito por alunos que passaram pelo curso de alfabetização.