Curso prepara policiais para instalação de pelotão ambiental em Cruzeiro do Sul

Policiais se preparam para atuar melhor no combate aos ilícitos contra a natureza (Foto: Onofre Brito)
Policiais se preparam para atuar melhor no combate aos ilícitos contra a natureza (Foto: Onofre Brito)

Uma equipe do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) da Polícia Militar (PM) está realizando um curso para 17 policiais do 6º Batalhão, sediado em Cruzeiro do Sul, com a finalidade de instalar na região um pelotão de polícia ambiental.

O curso, que se desenrola desde domingo e se encerra sexta-feira, 6, tem a parte teórica desenvolvida em sala de aula e operações práticas.

Na quinta-feira, 4, foram montadas barreiras em alguns locais da cidade, e os ilícitos logo começaram a aparecer, tendo sido apreendidos dois caminhões de madeira retirada de forma ilegal e duas motosserras, além de 290 quilos de pescado sem comprovação de origem e sem que os pescadores apresentassem documentos de que são profissionais.

A ação tem o apoio da Secretaria do Meio Ambiente do Acre, do Instituto de Mudanças Climáticas e do Instituto do Meio Ambiente do Acre. No curso, os policiais recebem instruções sobre crimes contra a fauna, flora e pescado, manuseio de GPS, condução de embarcações, cubagem de madeira e outros.

Segundo o comandante do BPA, major Carlos Negreiros, o objetivo não é de chegar e ficar autuando. “A primeira intenção é a educação ambiental. Os pequenos delitos podem ser resolvidos com bom senso, mas os ilícitos serão coibidos de imediato.”

Negreiros comentou que o Acre foi o único estado brasileiro que cumpriu a meta estabelecida de redução das emissões por desmatamento e degradação florestal na COP 21, a conferência da ONU sobre mudança climática, realizada no ano passado em Paris.

“Temos que manter esse padrão, mostrar que combatemos os crimes ambientais e preservamos nossa floresta e nossa natureza”,  disse.

Apoio

O comandante do 6º Batalhão, major Lázaro Moura, agradeceu o apoio do comandante da PM, coronel Júlio César dos Santos. “Não tínhamos pessoal especializado para combater os crimes ambientais. Agora podemos adquirir esses conhecimentos e colocá-los em prática.”

Moura destacou também o engajamento da população da zona rural que tem denunciado à PM os crimes contra a natureza.

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