Dia da Consciência Negra é celebrado por alunos da rede pública

Alunas participam de desfile valorizando a cultura negra (Foto: Eduardo Gomes/SEE)

Alunos e professores da escola de ensino fundamental Marilda Gouveia Viana, situada no bairro João Eduardo, se reuniram na manhã deste sábado, 24, para dar continuidade às atividades de celebração ao Dia da Consciência Negra, comemorado no ultimo dia 20 de novembro. Danças, músicas, comidas típicas e sessões fotográficas marcaram a terceira edição do projeto “Somos Todos Afros”.

Segundo o coordenador da escola, Christian Moraes, o evento já é uma marca registrada da instituição. A atividade faz parte do calendário anual da escola e do plano pedagógico dos educadores. “É um dos projetos que a gente mais se dedica, pois tem muito material para trabalhar. Desde 2016 construímos essa feira de celebração ao Dia da Consciência Negra para lembrar a luta, resistência e avanços do nosso povo”, destaca.

Os estudantes que integraram o projeto se identificaram com o evento, que ressalta a importância dos negros na construção da cultura brasileira. “Tratamos da própria realidade dos alunos, por isso todo esse envolvimento com os trabalhos de sala de aula voltados para o projeto”. Segundo o coordenador, a ideia é valorizar, levar autoestima e destacar o lugar de pertencimentos dos mesmos, que é a cultura negra.

Salas foram montadas para apresentar costumes antigos da população negra (Foto: Eduardo Gomes/SEE)

De acordo com coordenação, o público de alunos é 90% negro, o que explica o momento de interação entre eles e a comunidade próxima a escola. “É um momento em que conhecemos nossa própria historia e podemos mostrar nossos talentos”, diz Carla Araújo, de 17 anos, aluna do 9º ano. Ela representou parte da cultura afro por meio da dança e afirmou que “é  muito importante conhecer a dança afro porque tomamos conhecimento das crenças antigas e aprendemos a ignorar e acabar com o racismo em qualquer lugar”.

Todas as atividades desenvolvidas pela escola são apresentadas, também, para os pais e familiares. A escola abre as portas para os visitantes, como Keroline Costa, de 13 anos, ex-aluna, mas que não perde um só evento da instituição. “Para mim os negros fizeram parte da nossa historia e tem um lugar de destaque na nossa cultura. Sou ex-aluna e sei que a escola sempre faz atividades como essa. Mudei de escola, mas sempre venho prestigiar os eventos porque sei que são maravilhosos”, conta.

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