Dia Mundial das Aves: mais de 700 espécies acreanas atraem observadores

Tiriba-de-deville é uma das mais de 700 espécies registradas no Acre (Foto: Ricardo Plácido/Sema)

A observação de aves ou birdwatching (termo em inglês) é uma das atividades mais prestigiadas pelos amantes da natureza. A atividade integra o Ecoturismo, que valoriza as riquezas naturais do lugar a ser conhecido, e consiste em contemplar o comportamento do maior número possível de aves, algumas até desconhecidas dos observadores.

Muitas vezes os praticantes entram na mata, se posicionam em locais estratégicos e chegam a subir em árvores para registrar em fotos e vídeos a movimentação dos animais.

Em 2016 o estado apoiou a realização do primeiro Avistar Acre, evento que trouxe diversos observadores à capital e cidades do interior para conhecer a diversidade de espécies encontradas na região.

“Esse é um segmento que tem despontado. O governo do Estado já construiu algumas torres para observação de aves e trilhas. A ideia é incentivar a construção dessa infraestrutura em outros locais e apoiar esse tipo de turismo, que movimenta uma cadeia de serviços”, lembrou Rachel Moreira, secretária de Turismo e lazer do Acre (Setul).

O Acre, por estar localizado na parte sul da Amazônia, concentra alta diversidade de espécies. Isso também tem relação à proximidade com os países andinos. Aqui há espécies que só habitam essa região, o estado está em uma região caracterizada pelo chamado endemismo.

“Nosso estado possui âncoras de atratividade para observadores de aves, pois eles colecionam registros de várias espécies. Há pássaros na nossa região que estão na lista de desejo dessas pessoas, porque ocorrem aqui e possuem uma beleza exuberante”, afirmou Ricardo Plácido, biólogo da Secretaria de Meio Ambiente do Acre (Sema).

Além de observar, os praticantes alimentam os bancos de dados dos estados (Foto: Ricardo Plácido/Sema)

Biodiversidade e desenvolvimento sustentável

Hoje existem mais de 700 espécies registradas e quase 30 a serem confirmadas para registro. Além dessas, aves originárias da Bolívia e Peru também circulam por essa região. Esses números correspondem a mais da metade das espécies encontradas na Amazônia, em torno de 1.300.

Esse diferencial acaba atraindo a atenção dos visitantes, que tem a observação de pássaros como uma atividade recreacional. A prática gera informações para a ciência e para o banco de dados de biodiversidade dos estados.

“O Acre hoje desponta como um dos principais roteiros para observadores de aves do Brasil, inclusive pessoas de outros países têm vindo pra cá. Nossas espécies chamam a atenção e o próximo passo é capacitar guias nas unidades de conservação para atender essa demanda”, disse Ricardo Plácido.

Compartilhe:

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest