Dia Mundial da Saúde Mental tem programação especial em Cruzeiro do Sul

Casal Francisco e Lujan viajando pelo Brasil si e trocando experiências culturais (Foto: Onofre Brito/Secom)
Casal Francisco e Lujan viajando pelo Brasil e trocando experiências culturais (Foto: Onofre Brito/Secom)

O Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Nauas, de Cruzeiro do Sul, terá uma programação especial na Praça Orleir Cameli, centro da cidade, neste sábado, 10, para comemorar o Dia Mundial da Saúde Mental.

Haverá apresentação de máscaras produzidas com material reciclado, teatralização de uma história da região, exposição fotográfica dos trabalhos realizados pelo Caps e pela rede de atenção básica, além de um brechó.

O Caps Nauas contratou um casal de artistas populares argentinos, Francisco Jesus Sabbadini e Lujan Perazzo, para ministrar a oficina sobre a confecção das máscaras. Ambos estão há três anos no Brasil, fazendo arte de rua, malabares e artesanato, e criaram a Oficina Bicho Feio, já ministrada em vários locais, inclusive em aldeias indígenas e quilombolas.

Segundo Lujan, a oficina dura aproximadamente uma semana. No primeiro dia, os alunos aprendem a fazer as máscaras com material reciclado. Em seguida, aprendem técnicas de teatro com as máscaras e finalmente é feito o resgate de uma história ou uma lenda da região, sofre a qual é feita uma montagem teatral.

Para o casal, o interesse maior em suas andanças pelo Brasil é a troca cultural.

Subjetividade

Ana Cristina: “As pessoas com transtornos precisam expressar sua subjetividade“ (Foto: Onofre Brito/Secom)
Ana Cristina: “As pessoas com transtornos precisam expressar sua subjetividade” (Foto: Onofre Brito/Secom)

A gerente do Caps Nauas, Ana Cristina Messias, considera uma oficina dessa natureza de fundamental importância para a saúde mental, e dez profissionais da unidade estão participando dela.

“A gente precisa, na saúde mental, estar trabalhando a subjetividade das pessoas que têm transtorno mental, que têm sofrimento psíquico ou problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas. Elas precisam se expressar, e a arte, o teatro, a expressão corporal, o trabalho manual possibilitam isso ”