Em entrevista, Nazareth Araújo fala sobre segurança pública e o fim da Operação G7

“A nossa polícia é a que mais prende, temos um grau de confiabilidade forte na nossa segurança pública e a PM do Acre é uma das que tem o menor índice de corrupção”, disse a governadora (Foto: Val Fernandes/Secom)

A governadora em exercício Nazareth Araújo concedeu entrevista na manhã desta sexta-feira, 13, a uma emissora local, em que falou dos esforços do governo do Estado junto à segurança pública e o fim da Operação G7, que inocentou todos os envolvidos, inclusive membros do governo do Estado.

Quando indagada sobre o momento delicado da segurança pública no Acre, a governadora ressaltou que atualmente há uma união institucional entre Executivo, Tribunal de Justiça, Ministério Público e muitas outras entidades que reúnem esforços em ações práticas.

Embora haja muito trabalho a ser feito, o Acre tem evitado situações extremas nos presídios, como as registradas no Amazonas e em Roraima, além de se preparar para investir mais de R$ 70 milhões este ano na segurança e contratar novos profissionais para a segurança, em especial policiais civis e militares.

“A nossa polícia é a que mais prende. Temos um grau de confiabilidade forte na nossa segurança pública, e a PM do Acre é uma das que tem o menor índice de corrupção. De dois em dois dias estamos fazendo revistas nos presídios e com atenção total no sistema. Existem as críticas, a necessidade da melhora e da atenção redobrada, mas estamos fazendo nosso melhor”, conta.

Inocência na G7

Na mesma entrevista, a governadora falou sobre o fim da Operação G7, que terminou recentemente com a absolvição de todos os acusados.

Deflagrada pela Polícia Federal em maio de 2013, a operação envolveu nomes de membros do governo do Estado e empresários locais em uma suspeita de corrupção.

Nazareth lembrou que, desde o começo da operação, o governador Tião Viana disse que ela não se justificava e defendeu seu ponto de vista de que todos foram vítimas de uma ação desproporcional.

“A sentença vem e recoloca a garantia de que houve honestidade e não há nenhum tipo de delito ou a falta de lisura com o trato da coisa pública, mas fica o sentimento da injustiça”, disse.

A governadora ressaltou ainda como foi feito um grande pré-julgamento dos envolvidos na operação, causando um mal à imagem pública de todos, inclusive por setores da imprensa.

“Os órgãos de controle têm o direito de apurar, mas a gente não pode fazer o pré-julgamento com utilização midiática. Seja em que local nós estivermos, em qualquer dos poderes, temos a questão do Estado democrático de direito. A presunção de inocência está aí, não vamos esquecer isso.”

Viagem do governador

Para finalizar, a governadora em exercício foi questionada sobre os objetivos da viagem do governador Tião Viana, que se encontra junto com uma comitiva do governo nos Estados Unidos.

Nazareth Araújo lembrou que a viagem foi um convite, está sendo custeada por entidades internacionais parceiras na preservação da Amazônia – em especial a Força-Tarefa de Governadores sobre o Clima e Florestas (GCF) – e, embora todos desejem a floresta em pé, é difícil conseguir pessoas que apoiem de fato a sustentabilidade, sendo a viagem uma missão para conseguir esse tipo de apoio, com políticas públicas para os povos da floresta.

“Em 2014 houve aqui um grande encontro de governadores de diversos países e eles se uniram por essa política de emissão de baixo carbono. Tudo isso que estamos colocando em pauta é para defender a matriz de um projeto de preservação que precisa de reconhecimento e valorização pelo mundo”, finalizou.

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