Fórum permanente de secretários de comunicação deverá promover a Amazônia

O fórum desenvolverá ações em conjunto e discutirá novas formas de gestão e governança da comunicação (Foto: Cedida)

Foi formalizada nesta terça-feira, 21, em Brasília, a criação do Fórum Permanente das Secretarias de Comunicação dos Estados da Amazônia Legal. O grupo de comunicadores foi idealizado durante o 13º Encontro de Governadores da Amazônia Legal, em Macapá (AP), no início do ano, para realizar ações de promoção da Amazônia em conjunto, além de desenvolver novas formas de gestão e governança da comunicação.

Por aclamação, foi definido que a coordenação, neste primeiro ano, ficará com secretário de Comunicação do Pará Daniel Nardin, a vice-coordenação com Andréa Zílio, do Acre, e a secretaria-executiva com Amaral Augusto de Souza, do Amazonas.

Também participaram da reunião de trabalho os secretários de comunicação do Tocantins, Kenia Borges, e de Roraima, Gustavo Abreu. Os outros secretários que compõem o grupo também aprovaram o estatuto e a escolha da primeira coordenação.

“Somente com esforço conjunto podemos melhorar a comunicação, tanto no diálogo dos governos com os cidadãos, superando o modelo unidirecional ultrapassado, como aperfeiçoar a relação com a imprensa que faz a cobertura da região. Temos um desafio enorme, com estereótipos que precisam ser desconstruídos. A Amazônia é uma região muito falada, mas pouco conhecida pelo mundo”, destaca o coordenador Nardin.

Para Andréa Zílio, é necessário demonstrar o potencial da Amazônia, suas transformações sociais, econômicas e ambientais. “A Amazônia Legal é integrada por nove estados que possuem afinidades, desafios parecidos, mas que também são muito diferentes. Conciliar isso em objetivos únicos é uma forma de fazer ecoar nossa voz mais distante”, acredita.

Já o secretário Amaral de Sousa diz que “a maneira como os estados idealizam a comunicação pode diminuir as distâncias entre eles e o restante do país. Integrar as ações é garantir mais efetividade e potencial prático”.

Amazônia em pauta

Nesta quarta-feira, 22, os representantes do Fórum estarão reunidos com os secretários de Turismo dos estados, em nova reunião no Ministério do Turismo, na capital federal, para o primeiro desdobramento de uma audiência realizada há cerca de um mês, com o ministro Marx Beltrão.

Na ocasião, foi solicitada a realização de uma campanha de divulgação e promoção nacional e internacional do turismo na Amazônia, à semelhança do que foi feito recentemente para o Nordeste pelo governo federal. O fórum deverá realizar novo encontro em maio, durante o próximo Encontro de Governadores, quando definirá o Plano de Trabalho para o restante de 2017.

Comunicação como ferramenta de gestão

Em janeiro, pela primeira vez o eixo “Comunicação” foi discutido e inserido na Carta de Macapá, documento focado no desenvolvimento da Amazônia que os governadores assinam conjuntamente.

No texto, os governadores reconhecem e ratificam a criação do fórum, cuja missão é “fomentar práticas de comunicação voltadas ao cidadão, ampliando a possibilidade de diálogo direto e o fortalecimento de uma comunicação cidadã que envolva e engaje toda a sociedade nas políticas públicas, além de realizar um esforço conjunto para enfrentar os estereótipos historicamente criados acerca da Amazônia”.

“Vamos mostrar ao Brasil e ao mundo que temos uma Amazônia de belezas, de saberes tradicionais dos nossos povos e oportunidades diversas em negócios sustentáveis. O nosso desafio é ressaltar a diversidade da Amazônia e contribuir para sermos a vanguarda econômica, social, cultural e ambiental do planeta”, disse o secretário de Roraima Gustavo Abreu.

Outra ideia validada pelos secretários e que deverá ser implantada é a criação de uma Agência de Notícias da Amazônia, reunindo informações de interesse para quem procura dados sobre a região, assim como realizar seminários e treinamentos para os profissionais e estudantes de comunicação nos Estados da Amazônia.

“Ações conjuntas como vimos aqui fomentam a nossa rica região da Amazônia, além de proporcionar campanhas publicitárias com veiculação em nível internacional, o que reduz os custos”, complementa Kênia Borges, do Tocantins.

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