Visando proporcionar melhor qualidade de vida à população acreana, o governo do Estado executa na capital e interior do Estado, um intenso trabalho de expansão da rede atendimento em saneamento básico.
As ações são possíveis graças a dois grandes programas do governo do Estado: Ruas do Povo e Saneamento Ambiental Integrado, este último, com foco nos quatro municípios de difícil acesso (Jordão, Santa Rosa, Marechal Thaumaturgo e Porto Walter).
Em Rio Branco, a cidade conta atualmente com três frentes de obras na implantação de redes coletoras de influentes que irão encaminhar os dejetos para as Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs). Há pontos de intervenções na região do Bosque, Village, Procon e Avenida Getúlio Vargas, que corta toda a região central em direção à parte alta da cidade, correspondendo a cinco quilômetros de redes sendo construídas. As intervenções são de grande importância, pois elevam o tratamento de esgoto em mais de 15% somente na capital.
As obras são executadas pelo Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa), em consonância com o Ministério das Cidades, como explica o diretor técnico da autarquia, Anderson Mariano.
“Pedimos a compreensão das pessoas, pois essas obras são necessárias para que todo o esgoto produzido seja tratado e depois essas águas, já limpas, sejam devolvidas aos rios. Desde 2011 foram construídas 70 subestações que auxiliam as quatro maiores de Rio Branco, além da melhoria e investimentos para a distribuição de água, atingindo, assim, 80% de cobertura na distribuição de água para todo o estado. Só na capital as redes de abastecimento possibilitaram a cobertura é de 90% na distribuição de água e 53% em rede de esgoto”, esclarece diretor-técnico do Depasa, Anderson Mariano.
Segundo o biólogo do Depasa, Filogônio Cassiano Ribeiro, o esgoto sem tratamento causa doenças que afetam pessoas de todas as idades. A contribuição do saneamento básico para a saúde pública é notória. Somente em Rio Branco, a taxa de mortalidade infantil, um dos principais indicadores de qualidade de vida e de saúde, saiu de 21,81, em 2007, para 11,46 óbitos infantis (a cada 1.000 nascidos vivos) em 2017.
“Pesquisa realizada pela Funasa [Fundação Nacional de Saúde] mostra que a cada R$ 1 investido em saneamento, economizam-se R$ 4 em medicina curativa. Portanto, o esgoto é muito importante para melhorar o IDH [Índice de Desenvolvimento Humano], considerado o sétimo dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”, observou o biólogo.