Governo do Acre investiu mais de R$ 12 milhões em TFD ao longo de 2017

O Tratamento Fora de Domicílio (TFD) tem como objetivo prestar auxílio às pessoas que necessitam de algum atendimento de saúde que não é oferecido no local onde residem.

Todos os anos, o governo do Acre aporta um considerável volume de recursos trazendo pacientes do interior para Rio Branco ou encaminhando a outros estados do país, quando necessário.

Em 2017 não foi diferente. Levantamento realizado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) revela que foram gastos mais de R$ 12,4 milhões no Tratamento Fora de Domicílio.

O TFD faz parte do Complexo Regulador da Sesacre e divide seus serviços em fretamento de aeronaves para o transporte de passageiros em casos graves ou de UTI aérea para outros estados, compra de passagens aéreas e ajuda de custo.

Alguns dados chamam atenção. Só em passagens aéreas, por exemplo, foram gastos mensalmente, mais de 500 mil reais. Nos 12 meses do ano, o custo foi superior aos 6 milhões de reais.

Andrea Farias é a gerente-geral do Complexo Regular/TFD (Foto: Maxmone Dias/Sesacre)

Andrea Farias, gerente-geral do Complexo Regular/TFD, destaca que, apesar das dificuldades financeiras que todo o Brasil enfrenta, o governo não mediu esforços para atender as demandas e necessidades da população.

“Mesmo com todas as limitações que o Brasil enfrenta, os pacientes que fazem tratamento fora de domicílio necessitam desse recurso. E mesmo com toda dificuldade foram investidos 12 milhões de reais em ações que envolvem o TFD, de pacientes que precisam de UTI aérea, e até serviço funerário”, diz.

Uma outra média mensal de 2017 demonstra o compromisso em salvar vidas. Com a contratação de fretes de aeronaves simples para transportar pacientes do interior até Rio Branco e UTI aérea para outros estados, por mês foram beneficiados 48 pacientes ao custo de mais de R$ 5, 6 milhões.

Expectativas para 2018

Em 2018, o compromisso continua o mesmo. No último dia 3, por exemplo, o governo do Acre custeou a contratação de uma UTI aérea no valor de mais de R$ 100 mil para tentar salvar a vida do pequeno Carlos Eduardo Silva Gonçalves, de apenas 13 meses de vida, que nasceu com síndrome de Down e cardiopatia congênita grave e para ter uma esperança de vida precisa passar por uma delicada cirurgia cardíaca.

Equipe do TFD trabalha na articulação para tratamentos em hospitais de todo o país (Foto: Maxmone Dias/Sesacre)

“O nosso esforço é para tentar salvar vidas. Nosso trabalho vai muito além da compra de passagens. Como não temos ingerência sobre as unidades de saúde de outros estados, nosso primeiro desafio é conseguir uma vaga”, explica Caio Souza, gerente de Assistência do Complexo Regulador da Sesacre, lembrando que o TFD só tem permissão para adquirir passagens a partir do agendamento da consulta em uma unidade de saúde referência no atendimento necessitado.

Essa consulta é realizada pela Central Nacional de Regulação da Alta Complexidade do Ministério da Saúde em Brasília.

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