Com abelhas nativas

Governo estuda potencialidade de turismo científico no Seringal Bom Destino

A proposta é que o sítio seja palco do primeiro Centro de Estudos de Abelhas Nativas do estado (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Localizado em Porto Acre, berço da Revolução Acreana, o sítio histórico ambiental Seringal Bom Destino pode se tornar rota de turismo científico no Acre, em breve. Na quarta-feira, 6, os gestores das secretarias de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e Turismo e Lazer (Setul) visitaram o local para avaliar suas potencialidades.

Além de vasta diversidade e trilhas, o seringal também agrega um meliponário, que é a coleção de colméias de abelhas sem ferrão. As 22 caixas com as espécies, instaladas no ano passado, já passam por processo de multiplicação – etapa importante que garante crescimento, evitando a necessidade de se retirar outras colméias da natureza.

A proposta é que sítio seja palco do primeiro Centro de Estudos de Abelhas Nativas do estado, atraindo pesquisadores, turistas e toda sociedade científica. A iniciativa, ao mesmo tempo em que gera emprego e renda na região, contribui com o desenvolvimento da ciência biológica.

“A ideia é tornar esse ambiente atrativo para o turismo científico, principalmente, voltado para o estudo de abelhas nativas e toda a riqueza que elas podem gerar aos moradores da Amazônia”, salientou a secretária de Turismo Rachel Moreira.

Thaumaturgo Neto, secretário da Seaprof, observa que a iniciativa junta produção, ciência e turismo. “O Seringal possui toda uma estrutura para receber a sociedade acadêmica, interessada no estudo nas melíponas. Além de incentivarmos a produção dessa cadeia em ascensão, vamos impulsionar a comunidade científica e turismo nessa região”, destacou.

Programa do Mel

Atualmente, mais de 700 produtores em todo o Acre, atuam na cadeia produtiva do mel, impulsionada pelo Estado, por meio da Seaprof. A meliponicultura, além de contribuir com a conservação do meio ambiente, gera renda para essas famílias, uma vez que o mel da abelha nativa tem maior preço de mercado.

“O produtor é contemplado com a doação das colméias, assistência técnica do governo, pela Seaprof, e ainda, como se não bastasse, toma o mel, melhorando sua dieta alimentar, e vende o produto por um preço diferenciado”, explicou a coordenadora da cadeia produtiva do mel, Maria Edna Costa.

Além da viabilidade econômica, há ainda uma outra vantagem na produção de mel que é a possibilidade de pessoas mais idosas desenvolverem a atividade, como forma de terapia.