Governo sanciona lei que beneficia até 15 mil terceirizados no Acre

Em coletiva de imprensa, Tião Viana anunciou sanção da lei que vai beneficiar até 15 mil terceirizados no estado (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
Em coletiva de imprensa, Tião Viana anunciou sanção da lei que vai beneficiar até 15 mil terceirizados no estado (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Em entrevista coletiva concedida à imprensa na Casa Civil, na manhã desta terça-feira, 24, o governador Tião Viana e deputados estaduais representantes da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) sancionaram a lei que vai beneficiar até 15 mil trabalhadores terceirizados no estado. O prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, e líderes dos Conselhos de Classe e entidades representativas acompanharam a sansão do decreto.

De acordo com Tião Viana, a regulamentação faz parte de um acordo apresentado em 2014 pelas entidades representativas, do qual foi originada uma comissão constituída pela Aleac, junto à Secretaria de Gestão Administrativa (SGA), a Casa Civil, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e o Sindicato das Empresas Terceirizadas, para avançar nas tratativas.

“Avançamos no marco regulatório de contratos entre o setor público e privado, trazendo segurança jurídica para as empresas e conselhos fiscalizadores que têm vínculo de proteção dessas atividades, e para os trabalhadores. Nós estamos falando de um alcance social que beneficia até 15 mil trabalhadores no estado”, declarou Tião Viana.

Líder do governo na Aleac, o deputado estadual Daniel Zen lembrou que um Projeto de Lei (PL) que tratava dessa regulamentação já tramitava no Congresso Nacional, porém, não contemplava as empresas que tinham relações contratuais com o poder público.

“Junto à comissão, nós nos debruçamos em reuniões sobre as necessidades das empresas para se chegar a uma solução. Com a edição desse decreto, que já foi publicado na quinta-feira [19], chegamos a esse ato simbólico de agradecimento ao governo por essa conquista. E nós, da Aleac, nos sentimos muito realizados em avançar nesse resultado, que é o texto final do decreto”, afirma Zen.

Principais benefícios do marco regulatório

A subchefe da Casa Civil, Flora Valladares, apontou alguns pontos importantes do decreto que evidenciam os principais benefícios do marco regulatório. Entre eles, consta uma nova forma de acompanhar e fiscalizar a gestão dos contratos, a partir da designação de um fiscal que será responsável por acompanhar detalhadamente o trabalho em cada órgão.

“Além disso, nós temos uma planilha para todas as empresas, que vai nos ajudar a organizar o contrato mensalmente, em relação às questões de custos. Isso nos dá a garantia do acompanhamento reforçado no âmbito desses contratos”, explicou a subchefe.

O prefeito Marcus Alexandre frisou que a terceirização é uma modernização das relações de trabalho. E é por meio dela que o estado contrata serviços meios, como a conservação, a limpeza e a vigilância. São relações de trabalho modernizadas, nas quais o poder público não internaliza no seu quadro um servidor, mas no serviço que é prestado pelo setor privado.

“Eu vejo nesse decreto avanços fundamentais para a garantia dos direitos do trabalhador. Um deles é a questão da conta vinculada, em que os direitos que o trabalhador tem a partir de agora estão em conta vinculada, ou seja, a empresa, que antes sentia dificuldade de honrar um compromisso, agora terá uma conta vinculada, preservada, para que na hora que o trabalhador tiver que receber os seus direitos, a conta esteja lá”, explica o prefeito.

O município de Rio Branco garantiu que vai aderir ao decreto e incluí-lo no seu procedimento de contratação e gestão. O decreto já está em vigor, e as licitações que estão em curso devem se enquadrar nas disposições propostas.

Conselhos e entidades agradecem ao governo

O representante do Sindicato das Empresas Terceirizadas, Fagner Calegário, disse que o decreto representa um avanço nas relações contratuais entre o governo e as empresas de terceirização.

“Esse decreto é um marco, é um divisor de águas tanto para a administração pública quanto para as empresas que passam a ter garantias de que vão trabalhar e receber”, disse Calegário.

Para o representante do Conselho Regional de Administração (CRA), Fábio Mendes, Isso demonstra para a sociedade, a regulamentação da ação social, já que vai impactar diretamente na família. Além de ser imprescindível para as questões técnicas e administrativas dos contratos.

“Essas empresas para efetivarem um contrato com governo precisam estar registradas no conselho para emitirem suas certidões e, consequentemente, terem um administrador respondendo tecnicamente por elas. E nós, como fiscalizadores, vamos poder participar mais ativamente”, conclui Mendes.

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