Governo segue com a meta de zerar o analfabetismo no Acre

Por meio do Programa Quero Ler, o governo do Estado segue executando a meta de zerar as taxas de analfabetismo no Acre. Milhares de pessoas alcançadas pelo programa já estão vivendo mudanças de perspectivas de futuro, com a oportunidade de escrever novos capítulos de suas vidas.

O Quero Ler foi criado pelo governador Tião Viana com o objetivo de levar a alfabetização e o ensino a pessoas com idade igual ou superior a quinze anos que não tiveram acesso à educação básica na faixa etária adequada.

Nos primeiros sete meses deste ano, mais de 50 mil pessoas já haviam sido beneficiadas pelo programa no estado. Dados atualizados pela equipe de coordenação também dão conta de que, nesta última etapa em andamento, estão em sala de aula 10.443 estudantes, que devem concluir os estudos em novembro. Assim, a meta desafiadora de alfabetizar 60.282 pessoas está prestes a ser concluída.

Em ação paralela, este ano o governo também teve a iniciativa de lançar um processo de alfabetização complementar para reforço, por meio do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), na modalidade de educação continuada. Para a realização do Quero Ler, o Acre conta com 61 coordenadores e 1.200 alfabetizadores vinculados à Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE).

A taxa de analfabetismo no Acre ainda era de 16,5% antes da implantação do programa. Ao término da quinta fase, o estado será o primeiro da Região Norte a promover a erradicação.

“Meu muito obrigado aos que estão dedicando um tempo de suas vidas para o saber. Muitos tiveram momentos em que a vida tirou oportunidades, por isso esse programa tem o intuito de devolver uma dessas chances perdidas: a de aprender a ler e escrever. Em troca, só pedimos que não desistam”, declarou Tião Viana durante visita a uma das centenas de turmas existentes na capital.

Investimentos que mudam realidades

Com o a Quero Ler, o Estado investe mais de R$ 40 milhões com o apoio do Banco Mundial, investimentos que mudam a realidade de milhares de acreanos desde a capital até os municípios mais distantes. Seguindo as diretrizes de ensino, que preveem o acompanhamento dos alunos em todas as comunidades em que o Quero Ler chega, o governo aplicou recursos, inclusive, na aquisição de motocicletas para auxiliar esse processo.

Os veículos entregues no início deste ano, por exemplo, permitem que as equipes cheguem aos lugares mais remotos do Acre, garantindo que o processo ocorra corretamente e que o material de subsídio e alimentos cheguem dentro da normalidade.

A exemplo de Mâncio Lima, o programa já certificou mais de dois mil alunos e está prestes a encerrar a formação dos últimos 400 que ainda precisavam da alfabetização. Com o restante do interior do estado também não foi diferente. Este ano o governo também viu a realidade de milhares de moradores de Cruzeiro e Marechal Thaumaturgo mudar.

Relatos como o da cruzeirense Maria Alves retratam bem o que representa uma política pública educacional que devolve a autoestima e, sobretudo, a cidadania. “Eu mudei muito, não sabia de nada e hoje em dia já sei escrever e fazer meu nome. Quando eu ia fazer um trabalho e tinha que colocar meu dedo, dava um desgosto muito grande, mas hoje não sinto mais isso”, declarou Maria, durante sua formatura neste ano.

Relato de aluna de Cruzeiro do Sul durante formatura (Foto: Cedida)

O fato de o Acre estar a um passo de alcançar a meta de zerar as taxas de analfabetismo representa uma conquista incalculável para o Estado que se soma aos números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) divulgados em 2016, pelo Ministério da Educação, apontando o Acre com o melhor desempenho do ensino fundamental 1 e 2 da Região Norte, empatando em primeiro lugar no ensino médio com o Amazonas.

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