Governos estadual e federal atuam em parceria para garantir segurança onde estão índios isolados

Secretaria Nacional de Segurança garante a ida de equipe da Força Nacional até  que Exército seja enviado para a região

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Durante reunião onde foram discutidas as estratégias de segurança que serão implementadas na região de fronteira entre Brasil e Peru, a secretária Regina Miki agradeceu o trabalho da Polícia Militar do Acre e ressaltou que as ações asseguraram a integridade dos funcionários da Funai que trabalham naquela região (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

A secretária nacional de Segurança do Ministério da Justiça, Regina Miki e o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, acompanhados do diretor da Força Nacional, Major Aragon, sobrevoaram na terça-feira a tarde, 9, a região do município de Feijó onde está localizada a base Xinane, da Funai.

Regina Miki e Márcio Meira vieram ao Acre para definir, em parceria com o Governo do Estado, Polícia Federal e Força Nacional as ações que serão tomadas para assegurar a proteção dos servidores que atuam na base Xinane, dos índios isolados e do território nacional que há indícios de que está sendo invadido por narcotraficantes peruanos.

A chefe da Gabinete Civil, Márcia Regina, destacou que tão logo o Governo foi informado sobre a situação na fronteira tomou providências.

“O governador Tião Viana acionou o Ministério da Justiça, conversou por várias vezes com o presidente da Funai. Nós estamos sempre na linha de frente porque nosso Estado é tríplice fronteira. As forças estaduais estão sempre nesse ‘pronto-atendimento’. O Governo do Estado fez um grande esforço com integração de ações no primeiro momento com a Polícia Federal e num segundo momento com a Polícia Militar”, lembrou a chefe de gabinete.

Força Nacional vai atuar na fronteira

Durante reunião onde foram discutidas as estratégias de segurança que serão implementadas na região de fronteira entre Brasil e Peru, a secretária Regina Miki agradeceu o trabalho da Polícia Militar do Acre e ressaltou que as ações asseguraram a integridade dos funcionários da Funai que trabalham naquela região.

“É preciso reconhecer que o Governo do Estado em nenhum momento se omitiu a situação que se apresentou naquela área. O governador não mediu esforços para mobilizar sua equipe e deslocar policiais preparados para averiguar a situação no local que permanecem até agora na área”, destacou Regina Miki.

A secretária Nacional de Segurança Pública certificou que a integração entre as policiais vai permanecer para manter a vigilância na fronteira entre Brasil e Peru na área próxima ao município de Feijó.

“Foi feita um pré-intervenção num momento de crise e isso prevalecer. Nós queremos ao final deste mês as Forças Armadas fazendo a segurança ali na região. Mas, enquanto isso não ocorre, a Força Nacional vai fazer o trabalho de segurança do local e dos servidores da Funai e assim, liberar a Policia Militar do Acre que tem outras atribuições”, revelou a secretária.

Ela detalhou que durante a permanência da Força Nacional na fronteira os funcionários da Funai terão oportunidade de pesquisar e descobrir se os índios isolados estão em segurança depois da suspeita de invasão de peruanos armados no local.

Trabalho na base Xinane segue na defesa de isolados

O presidente da Funai, Márcio Meira informou que o trabalho dos funcionários da base Xinane continuará para manter a proteção dos indígenas isolados que estão sob risco depois da informação acerca da chegada de supostos narcotraficantes.

Segundo Meira, com a ação do Estado brasileiro e da presença sobrevoando a área a decisão  é de continuidade do trabalho e tomar todas as medidas necessárias por meio do Ministério da Justiça, Funai, Força Nacional em parceria com o Governo do Acre para garantir a segurança dos servidores, mas também a segurança dos indígenas.

“Sobretudo dos índios isolados que são a principal missão da Funai naquela região. Com o sobrevoo que fizemos nessa terça-feira tudo indica que os índios isolados estão bem. Notamos que as malocas estão limpas, ou seja, sem mato em suas coberturas e seus arredores e há hortas em bom estado de conservação. Acreditamos que os índios não apareceram porque estavam com medo dos aviões e helicópteros que estão sobrevoando a região esses dias”, observou Meira.

Ainda esta semana uma equipe com 16 agentes da Força Nacional se deslocará para Feijó  possibilitando que os homens do Bope (Batalhão de Operações Especiais) retornem. A equipe, de acordo com Regina Miki, ficará na fronteira Brasil-Peru até que chegue ao Acre um grupo de homens do Exército, que até o final do mês estão atuando na Operação Defesa da Vida.

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