Tríplice Fronteira

Idaf avalia atuação sanitária integrada entre Acre, Bolívia e Peru

O monitoramento das fronteiras é essencial para garantir a sanidade animal e vegetal dos produtos comercializados no Brasil, Peru e Bolívia. Com o intuito de fortalecer esse trabalho de fiscalização e traçar estratégias de atuação conjunta, o diretor-presidente do Instituto Agropecuário e Florestal do Estado do Acre (Idaf), Ronaldo Queiróz, esteve na cidade de Cobija, capital do Departamento de Pando (Bolívia), dialogando com as autoridades peruanas e bolivianas, na última terça-feira, 30.

Gestores avaliaram a eficácia das atividades e traçaram estratégias conjuntas (Foto: Cedida)

Durante o encontro, que reuniu o corpo técnico do Idaf e dos órgãos de proteção animal e vegetal dos países vizinhos, os gestores avaliaram a eficácia das atividades de defesa agropecuárias. As ações de sanidade vegetal também foram averiguadas e acordadas entre os órgãos. “A reunião  foi excelente, de modo que os três órgãos de defesa da tríplice fronteira se comprometeram trabalhar juntos, pois compreendemos que é preciso atuar de maneira integrada para combater pragas e doenças que causam prejuízos aos três países”, frisou Queiróz.

A reunião é uma preparatória para o próximo encontro trinacional, que será promovido no fim de março, em Puerto Maldonado (Peru).

Desdobramentos

Na área de sanidade vegetal, as instituições trocaram experiências sobre ações de combate e prevenção à monilíase do cacaueiro e do cupuaçuzeiro – praga causada por fungos –, que já se encontra em localidades distantes menos de 150 quilômetros das fronteiras do Brasil e Bolívia.

A proliferação, monitoramento e combate da praga mandorová da mandioca e da seringueira, presente em território boliviano desde o ano passado, bem como a detecção do barbeiro – mosquito transmissor da doença de chagas, que pode ser transmitida pelo consumo do açaí –, também foram pautas da reunião em Cobija.

A ações de combate e controle do caracol gigante africano – transmissor do verme causador de meningite – foram pactuadas entre as instituições, que se comprometeram também adotar medidas de enfrentamento ao contrabando de agrotóxicos e levantar dados acerca das doenças que atingem os citros.