Inflação desacelera para 1,09%, diz FGV, mas gastos com educação sobem

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,96% neste mês, acima do 0,67% um mês antes

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou desaceleração em janeiro, ficando em alta de 1,09%, contra 1,76% em dezembro, informou nesta quarta-feira, 30, a FGV (Fundação Getulio Vargas). Os gastos com educação, no entanto, tiveram alta.

A metodologia aplicada na apuração do IGP-M é a mesma do IGP-10 e do IGP-DI (usados no reajuste, por exemplo, de contratos de aluguel), também apurados pela FGV, com a única diferença de ter um período de coleta diferente – o IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

O grupo Educação, Leitura e Recreação teve alta de 1,61%, contra 0,13% um mês antes. O item cursos formais (que de estabilidade passou para uma alta de 2,72%) foi o que mais influenciou o resultado neste mês.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,96% neste mês, acima do 0,67% um mês antes. Nesse grupo subiram, além do grupo Educação, os preços em Habitação (-0,05% para 0,21%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,18% para 0,52%), com destaques para tarifa de eletricidade residencial (-0,95% para -0,23%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,40% para 0,95%).

Já os preços de Vestuário (0,77% para -0,18%), Transportes (0,86% para 0,56%) e Despesas Diversas (0,74% para 0,47%) tiveram recuo, com destaque para roupas (0,94% para 0,61%), gasolina (1,27% para 0,14%) e cigarros (3,16% para 1,29%).

Alimentos – Os preços dos alimentos no atacado mantém a tendência de queda. O indicador referente aos preços dos produtos agrícolas caiu de 5,95% para 2,31%. Os itens milho em grão (de 17,43% para -3,94%), bovinos (de 9,47% para -3,20%) e soja em grão (7,25% para 4,16%) foram os que mais influenciaram na redução do índice. Em alta ficaram os preços de tomate (-11,21% para 87,22%), aves (3,44% para 8,44%) e leite in natura (-5,22% para -2,08%).

Para o consumidor, os preços dos alimentos, no entanto, ficaram mais altos: o índice do grupo Alimentação (que faz parte do IPC) passou de alta de 1,73% no mês passado para 2,25% neste, com o aumento nos preços das frutas (de -0,28% para 6,69%).

Atacado – O  Índice de Preços por Atacado (IPA) subiu 1,24%, abaixo do 2,36% visto um mês antes. O índice relativo aos Bens Finais recuou para alta de 0,27%, contra 2,29% em dezembro. Excluindo os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais subiu 0,24% neste mês, contra 1,16% no mês passado, na mesma comparação.

O índice do grupo Bens Intermediários subiu 1,24%, superando a alta de 0,80% registrada em dezembro. A maior influência veio do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que subiu 0,96%, contra 0,14% um mês antes. O índice de Bens Intermediários calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 1,21%, contra 0,43% em dezembro.

O índice de Matérias-Primas Brutas subiu 2,38% neste mês, abaixo dos 5,09% vistos no mês passado.

Construção – O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,41% neste mês, abaixo do 0,43% registrado no mês passado. Dos três grupos componentes do índice, apenas Mão-de-Obra apresentou avanço (0,45%, contra 0,29% um mês antes).

A aceleração foi conseqüência do impacto crescente do reajuste salarial ocorrido na cidade de Belo Horizonte. O grupo Materiais apresentou recuo, passando de 0,51% em dezembro para 0,37% neste mês. A taxa do grupo Serviços passou de 0,81% para 0,43%.

Fonte: Folha Online

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