Grupo Giramundo encerrará apresentações com “A Bela Adormecida” e “Cobra Norato”

No próximo fim de semana, Rio Branco irá despedir-se das incríveis apresentações do teatro de bonecos do Grupo Giramundo. Considerado um dos melhores do mundo, o grupo, composto por atores, já está deixando saudades aos rio-branquenses.

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Em suas últimas apresentações, o Giramundo deverá fechar com chave de ouro sua estadia na capital acreana. “A Bela Adormecida” (infantil) será apresentado na sexta-feira, sábado e domingo, 30, 31 e 1º de junho, às 17 horas. “Cobra Norato” (não indicado para menores de 14 anos) será encenado às 21 horas, exceto no domingo, onde a apresentação será às 20 horas. Todos os espetáculos acontecerão no Teatro Plácido de Castro. Promovido pelo Governo do Estado, o Festival Giramundo de Teatro de Bonecos tem apresentado ao público espetáculos adultos e infantis. No último fim de semana, "Pinocchio" e o mini-teatro ecológico "Amazônia" foram prestigiados por grande público. O festival já atraiu centenas de pessoas à Usina de Arte e Teatro Plácido de Castro para assistir aos espetáculos e prestigiar a exposição do Museu Giramundo, aberta ao público com visitas guiadas de 8 às 12 e de 14 às 18 horas. No Teatro Plácido de Castro, as visitas seguem até as 22 horas.

“A Bela Adormecida” – Adaptação do clássico conto de Charles Perrault, “A Bela Adormecida” foi a primeira montagem do Grupo Giramundo, em 1971. Produzida pelos fundadores do grupo, Álvaro Apocalypse, Terezinha Veloso e Madu Vivacqua, a montagem foi concebida, inicialmente, como uma diversão para a família. Na ocasião, os bonecos eram feitos de estrutura e materiais precários. O sucesso de “A Bela Adormecida” acabou impulsionando seus autores a realizar novas apresentações. O espetáculo conta a história de uma princesa e de um reino amaldiçoados por uma bruxa má. Fadas, um dragão, soldados e castelos compõem a aventura. Os personagens de “A Bela Adormecida” são bonecos de vara, técnica de manipulação na qual o marionetista fica escondido por uma tapadeira e movimenta o boneco de baixo para cima. 

“Cobra Norato” – Escrito em 1921, durante as andanças de seu autor, o gaúcho Raul Bopp (1898-1984), pela Amazônia, o livro é considerado um dos mais importantes representantes do Modernismo Brasileiro, corrente que rompeu com antigas tradições estético-formais na arte e na literatura nacionais. Cobra Norato” explora a riqueza dos mitos aquáticos populares da região amazônica. Segundo relatos, Norato, ao cair da noite, deixava na margem do rio seu couro de cobra e se travestia de humano elegante, participando de bailes e seduzindo mulheres, para que elas o seguissem e se afogassem nas águas do rio. No espetáculo, são utilizados mais de 60 bonecos, todos eles de luva ou de balcão, e a trilha sonora é composta pelo maestro Linderbegue Cardoso e une sons tradicionais brasileiros à música contemporânea, como sons de floresta, ruídos, chocalhos, pássaros.  “Cobra Norato” já ganhou os principais prêmios do teatro brasileiro e foi o espetáculo do Giramundo mais encenado no exterior.

História – O Giramundo é um grupo de teatro de bonecos criado em 1970 pelo casal Álvaro Apocalypse e Teresinha Veloso, e Madu Vivacqua, na capital mineira Belo Horizonte. O grupo começou apenas como uma brincadeira de amigos e se tornou referência nacional da arte de manipulação de bonecos para as artes teatrais. Em 38 anos de vida, criou mais de 30 peças teatrais.

Serviço:
Usina de Arte João Donato, Estada Dias Martins, s/n – Universitário – Tel.: 3229-4918
Teatro Plácido de Castro – Avenida Getúlio Vargas, 2.703 – Bosque – Tel.: 3224-6890
Ingressos: R$ 5 (inteira) e R$ 2,50 (meia-entrada)

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