Marconi: “O Sistema Único de Segurança Pública não pode ser mais só uma discussão, precisa se tornar realidade”

O governador Marconi Perillo defendeu, nesta tarde, a integração efetiva dos estados e do governo federal na criação do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), durante o “Encontro de Governadores do Brasil pela Segurança e Controle das Fronteiras – Narcotráfico, uma Emergência Nacional”, em Rio Branco (AC). “Essa questão da integração do Sistema Único de Segurança não pode ser mais discutida, precisa se tornar realidade”, afirmou, após criticar a inexistência, na Constituição Federal, da obrigatoriedade da União vincular recursos do orçamento para a Segurança Pública.

Os governadores assinaram uma carta a ser entregue ao governo federal propondo a criação de um Sistema Nacional de Segurança Pública, para combater o narcotráfico, garantir a proteção eficaz das fronteiras e a integração das atividades de inteligência e informações dos governos estaduais e federal. Os ministros da Integração, Defesa, Justiça, Relações Exteriores e representantes do Gabinete de Segurança Institucional participaram do encontro. “É importante que os senhores saiam daqui ainda mais comprometidos com essa angústia que os estados vivem hoje”, disse Marconi aos ministros.

Marconi afirmou que Segurança Pública é, hoje, a primeira demanda da sociedade. “Fazemos pesquisas constantes. Mais de 60% da população aponta como prioridade máxima a questão da Segurança. Há quase 20 anos bato em uma única tecla: temos que ter mudança na Constituição. Passou da hora de a Constituição Federal obrigar a vinculação de receitas do orçamento da União à Segurança Pública”, enfatizou.

Em seguida, sugeriu aos colegas governadores reunião semanal em busca de uma solução definitiva que garanta maior aporte de recursos para o setor. “Precisamos convencer os parlamentares e as autoridades econômicas que temos de ter não só o Sistema Único, mas muito mais recursos para essa área. Acho que deveríamos nos reunir toda semana até encontrarmos uma solução definitiva. Esse tema é dramático. É preciso que a gente defina rapidamente uma agenda, porque mais de 90% dos crimes estão diretamente ligados às drogas”, observou.

Marconi informou que em 2013 criou o Comando de Operações de Divisas (CODE), que já garantiu ao Governo de Goiás apreender mais de cem mil quilos de drogas, além de milhares de armas. São 25 postos no Estado. Informou, também, que o governo estadual investe, neste ano, 3 bilhões 160 milhões em Segurança Pública, mais do que o dobro do que investia há sete anos. “O apelo que fazemos é que nos unamos fortemente para que essa carta dos entes federados possa efetivamente encontrar um rumo que nos garanta trabalhar com mais eficiência na garantia da paz das famílias brasileiras”, frisou.

Em consonância com os argumentos de Marconi, o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), afirmou: “Não estamos aqui para eleger culpados pela abertura das fronteiras, mas para contermos, juntos, as facções. Para criamos uma política pública permanente para Segurança. Para podermos investir em inteligência, em custeio. O Brasil tem que sair daqui de mãos dadas”, disse.

Governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB) também defendeu a integração e a criação de um fundo para a Segurança Pública. “A polícia está trabalhando como nunca. Mas os presídios estão inchados, e temos dificuldades de manter os presos. Precisamos criar o Sistema Único de Segurança Pública, e termos recursos garantidos e suficientes para a área”, declarou.

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