Mulheres do Antimary aprendem a fazer produtos com castanha-do-brasil

Mulheres do Antimary participam de qualificação (Foto: Assessoria SEPN)
Mulheres do Antimary participam de qualificação (Foto: Assessoria SEPN)

A Floresta Estadual do Antimary tem muita castanha-do-brasil, e até então a produção anual de cerca de 30 mil latas era toda vendida in natura. Mas isso vai mudar. A Secretaria de Pequenos Negócios (SEPN) identificou ali uma boa oportunidade para incentivar a economia solidária e articulou, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), um curso de culinária baseado em castanha para um grupo de mulheres moradoras da floresta.

O curso teve 40 horas de duração e ocorreu durante toda a semana na Unidade de Gestão Ambiental e Integrada (Ugai) do Ramal do Ouro. Segundo a instrutora Vilma Maria Maia, as mulheres tiveram ótimo aproveitamento e aprenderam a fazer variados itens sempre utilizando a castanha:  bolo, biscoito, cocada, castanha cristalizada, bala de cupuaçu com castanha, cuscuz com leite de castanha, peixe no leite de castanha e outros.

Além do aprendizado culinário, as mulheres, que estão se organizando em forma de associação, estão recebendo orientação da SEPN na área de comercialização. Em conversa com a secretária Silvia Monteiro, elas levantaram a possibilidade de construir um quiosque na própria Ugai, já que o local é bastante frequentado. Inclusive, durante o curso, as participantes conseguiram vender R$ 130 em quitutes aos visitantes.

A SEPN está articulando a participação da associação na Exposição de Sena Madureira (Exposena), prevista para o período de 26 a 28 de junho. Também está sendo articulada a participação na Expoacre.

Emilia Pessoa fez o curso e gostou: “Aqui ninguém sabia nada, mas agora deu para aprender alguma coisa. Queremos participar de feiras e ter nosso ponto de comercialização para obter alguma renda”, aposta.

O castanheiro Marivaldo de Freitas, considerado o campeão na região, colhe quatro mil latas por ano. Lembrando que uma lata de castanha pesa de 12 a 15 quilos, e atualmente está cotada em R$ 27. Josélia, mulher de Marivaldo, também fez o curso, e acredita que o trabalho das mulheres da região será mais valorizado a partir de agora.

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