Núcleo de Educação e Esporte discute violência e preconceito em seminário

Encerrando a campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, o Núcleo da Secretaria de Estado de Educação e Esporte (NSEE) de Cruzeiro do Sul promoveu hoje o 1º Seminário sobre Educação para as Relações Étnico-Raciais e Gênero no Vale do Juruá.

Estudantes se vestiram de índios para se apresentar no seminário (Foto: Onofre Brito)
Estudantes se vestiram de índios para se apresentar no seminário (Foto: Onofre Brito)

Segundo o gerente do NSEE, Charles André Rosas, os temas tratados fazem parte do cotidiano de todos, pois ainda existe muita violência contra as mulheres além de diversos tipos de preconceito.

“O seminário foi promovido para que pudéssemos municiar nossos profissionais de educação para as vivências que vamos ter nas nossas escolas e apontar de que maneira poderemos contribuir para evitar essas práticas. É importante manter o respeito. A alma não tem cor e precisamos trabalhar isso nas nossas escolas”, pontuou.

A ativista Almerinda Cunha, da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), proferiu palestra em que mostrou que o racismo, embora muitos neguem, ainda é fato no Brasil. “Os brasileiros são iludidos com o mito da democracia racial, segundo a qual todos teriam as mesmas oportunidades”, disse.

O evento faz parte do encerramento da campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres” (Foto: Onofre Brito)
O evento faz parte do encerramento da campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” (Foto: Onofre Brito)

Para Almerinda, “raça, biologicamente, só tem uma. O racismo e diversidade racial foi uma construção cultural”. Ela entende que nos governos de Lula e no atual de Dilma Rousseff, o Brasil avançou na questão, especialmente com a lei das cotas.

“Pela educação, a gente está buscando esta mudança cultural”, disse Joelda Paz (Foto: Onofre Brito)
“Pela educação, a gente está buscando esta mudança cultural”, disse Joelda Paz (Foto: Onofre Brito)

umanos Para Joelda Paz, da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPMulheres), já há quatro anos que se procura construir um ambiente dentro da educação no Acre para discutir a questão de gênero e raça, para fazer com que outros professores trabalhem com esses conceitos no seu cotidiano, junto a seus alunos.

“Pela educação, a gente está buscando esta mudança cultural” – disse.

Desde 2010

O movimento ‘16 dias pelo fim da violência contra as mulheres’ foi iniciado na década de 1990 por uma pauta da sociedade civil e hoje é uma política de estado. Governos do mundo inteiro, do Brasil e especialmente do Acre fazem articulações para vivenciar o enfrentamento da violência contra as mulheres.

A coordenadora da Rede Reviver e da Casa de Acolhimento Vitória Régia, Rosalina Souza, conta que desde 2010 em Cruzeiro do Sul vem sendo desenvolvido o engajamento neste movimento.

“A educação é um setor muito importante para que a sociedade se conscientize cada vez mais dessa causa da não violência contra a mulher. Precisamos dizer não ao machismo”, comentou.

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