Oficial da PM do Acre recebe medalha das Forças de Paz da ONU

Kinpara esteve em missão no Sudão do Sul durante seis meses (Foto: Arquivo pessoal)
A medalha é entregue a militares que concluem a missão com brilhantismo (Foto: Arquivo pessoal)

Após seis meses no Sudão do Sul, no continente africano, o tenente-coronel Marcos Kinpara concluiu sua passagem pela Organização das Nações Unidas (ONU) sendo homenageado com a Medalha das Forças de Paz da ONU. A honraria é entregue aos militares que concluem a missão com êxito e profissionalismo.

O oficial da Polícia Militar do Acre (PMAC) comandou o contingente de policiais brasileiros que estavam servindo a ONU, na capital do país, Juba, além de ter trabalhado no “Protection of Civilian” (Proteção de Refugiados) e na administração logística da operação.

“Enquanto estive na missão, defrontei-me com as dificuldades vividas por aquela população, como a fome, doenças e desemprego. Hoje posso dizer que valorizo mais a vida humana e as pequenas coisas, são lições que me engrandeceram como ser humano”, disse Kinpara, sobre a experiência.

(Foto: Arquivo Pessoal)
Kinpara esteve em missão no Sudão do Sul durante seis meses (Foto: Arquivo Pessoal)

“Tive que trabalhar em um ambiente inóspito, onde doenças como malária, febre tifoide e cólera eram presentes entre os refugiados; além da saudade da família e o risco iminente de ataques por partes dos rebeldes”, relatou o oficial.

Há um ano e oito meses, o país sofre com a guerra civil em que se opõem o presidente Salva Kiir e seu ex-vice-presidente, Riek Machar. De acordo com a agência para refugiados da ONU, o conflito provocou mais de 2,2 milhões de refugiados.

Primeiro acreano a integrar as Forças de Segurança da ONU

Melhor colocado entre vários policiais do Brasil, o tenente-coronel Kinpara foi submetido a uma preparação de quatro meses no Rio de Janeiro, antes de se tornar o primeiro policial acreano a incorporar uma tropa da ONU.

Além de possuir graduação superior em Letras/Inglês, o militar também é bacharel em Direito e Segurança Pública e já participou de cursos de aperfeiçoamento no Japão e nos Estados Unidos.

“Tenho certeza que dei o meu melhor para representar o Brasil e o Acre. Fiz amigos do mundo inteiro; hoje sou grato pela oportunidade de ter operado em uma missão da ONU”, concluiu.

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