Órgãos de meio ambiente e defesa debatem estratégias de atuação no inverno

Em decorrência do fenômeno natural La Niña, o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) estima chuvas acima da média para o trimestre – dezembro, janeiro e fevereiro. Buscando se antecipar aos acontecimentos, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), realizou nesta quarta-feira,13, a reunião de trabalho pré cheia.

O evento reuniu órgãos de defesa e resposta de eventos extremos (Foto: Angela Peres/Secom)

O encontro, também promovido no Vale do Juruá, conta com o apoio do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Agência Nacional de Águas (ANA) e do Sipam.

Para traçar as estratégias, a Sema e IMC reuniram representantes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Prefeitura de Rio Branco, Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) e demais instituições ligadas à gestão de riscos ambientais e dos recursos hídricos no auditório do Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre.

Magaly Medeiros, diretora-presidente do IMC, observa que a reunião é realizada anualmente. “Desde 2011 atuamos na prevenção dos eventos extremos. Hoje discutimos os possíveis cenários para que, em caso de uma elevação dos rios acima do normal, o Estado garanta a segurança e o bem-estar da sociedade. Essa atividade compõe o Plano de Adaptação de Mudanças Climáticas”, salientou a gestora.

O pesquisador em geociências do CPRM, Giancarlo Bonotto, destaca a importância dos governos aturem na prevenção dos eventos naturais. “Estamos desenvolvendo uma ferramenta com antecedência de previsão de alguns dias, que vai auxiliar diretamente a Defesa Civil de Rio Branco. Em três anos aconteceram, no Acre, a maior enchente e a terceira pior estiagem, o que nos aponta que alguma está mudando. Por isso a importante de se planejar ações de mitigação do efeitos”.

Nos últimos anos, é possível observar a predominância de eventos extremos na bacia da Amazônia Ocidental. Em 2014, por exemplo, o Rio Madeira registrou uma cheia histórica sem precedentes, enquanto o Rio Acre, em 2015, desafiou os sistemas de previsão e modelagem hidrológicos. Neste ano, o Rio Juruá desabrigou milhares de acreanos.

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