Por meio do Funagro, governo e produtores consolidam parceria na agricultura

O governo apoia o produtor na colheita do milho (Foto: Hugo Costa/Secom)

A produção é uma das prioridades na gestão do governador Tião Viana. Uma das formas de apoio é o Fundo Agropecuário Estadual (Funagro), gerido pela Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seap). O fundo habilita, por meio de edital, pessoas físicas ou jurídicas para o recebimento de serviços de mecanização, com contrapartida financeira.

Com uma produção recorde de milho estimada em 50 mil toneladas em 12 mil hectares plantados, a mecanização durante a colheita garante mais qualidade para o grão. “Nós temos máquinas trabalhando em Brasileia, Capixaba e nos roçados ao longo da BR-317. Com o fim das chuvas, as máquinas já podem entrar em campo”, disse o gestor da Seap, José Carlos Reis.

O produtor Ronnie Passarini arrendou 721 hectares em várias propriedades na região da Vila Pia, na BR-317, sentido Boca do Acre (AM). Os roçados são compostos ou só com o cultivo do milho ou como recuperação de pastagem, tendo no consórcio capim e milho. “Se você tem uma área pequena e mexe só com o gado é difícil faturar, mas se você associa com o plantio de milho, em 120 dias você colhe e tem uma boa rentabilidade”, ressaltou Passarini.

Modernização

A parceria entre governo e produtor moderniza a agricultura. A nova colheitadeira tem a capacidade de funcionar processando quatro toneladas de milho por hectare, o que demonstra que a mecanização garante um produto com mais qualidade e agilidade.

“As plantações que estão sendo colhidas por essa máquina estão com um milho muito mais limpo, após o processo interno da colheitadeira”, disse o gerente do Departamento de Modernização Agrícola da Seap, Nilton Cesar.

A condição diferenciada na colheita foi permitida graças ao Funagro, que assegura o operador e o combustível. Em contrapartida, o produtor paga um preço da hora de trabalho do equipamento. Investimento esse que tem retorno para futura manutenção do maquinário.

Comércio

O milho do Acre disputa mercado com o produzido no estado do Mato Grosso. Em 2016, foi registrada lá a maior quebra na safra de milho já vivenciada pelos produtores. “Ano passado o Mato Grosso não produziu. Deu seca e eu vendi todo milho para Granja Carijó por R$ 35 a saca” afirmou Passarini. Hoje, o preço que o produtor irá vender para a granja depende novamente do resultado da safra do estado concorrente.

A Granja Carijó também fica localizada na Vila Pia e tem 90% do seu consumo de milho, provenientes da região. As agroindústrias de proteína animal, como a Carijó, Peixes da Amazônia e Dom Porquito, necessitam do grão para produção de ração.

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