Projeto Bombeiro Mirim: uma influência capaz de mudar destinos

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Projeto Bombeiro Mirim: uma influência capaz de mudar destinos” font_container=”tag:h1|font_size:60|text_align:center|color:%23e8e8e8|line_height:botton” google_fonts=”font_family:Fira%20Sans%3A300%2C300italic%2C400%2C400italic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:500%20bold%20regular%3A500%3Anormal” css=”.vc_custom_1512682872138{padding-bottom: 100px !important;}”][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1511386101198{background-color: #ffffff !important;}”][vc_column][vc_column_text]Era uma manhã chuvosa de segunda-feira e, mesmo assim, dezenas de estudantes participavam das atividades realizadas naquele dia no Centro da Juventude do bairro São Francisco, em Rio Branco. Seja num instante de concentração individual, seja na posição de sentido ou em algum momento que exija o esforço coletivo, eles estão lá, atentos a cada instrução ou comando da equipe do Corpo de Bombeiros do Acre, ao iniciar mais uma semana de treinamento das turmas do projeto Bombeiro Mirim.

Há três anos, o tenente Brito coordena o projeto na capital (Foto: Rayele Oliveira)

No dicionário, a definição do termo caráter remete ao significado de julgamento moral, sendo a “caracterização do próprio sujeito; índole, temperamento, personalidade”. E é nesse sentido que há sete anos o projeto tem tido papel importante na formação de adolescentes, com o objetivo de prepará-los para o convívio social, de modo que não sejam atraídos pela criminalidade.

Executado pelo governo do Estado, por meio da corporação, com a parceria de instituições públicas das áreas de educação e esporte, o Bombeiro Mirim atendeu até o momento mais de quatro mil adolescentes em Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Sena Madureira, Feijó, Tarauacá, Mâncio Lima, Xapuri e Epitaciolândia. Com linguagem específica para a juventude, a metodologia do projeto inclui um conjunto de ações que impõem o respeito e a conduta como premissas para a concepção de bons cidadãos.

A influência profissional é um dos pontos de referência que os estudantes passam a ter. Outrora ociosos quando não estavam em sala de aula, os participantes do projeto passam a receber o treinamento da equipe no contraturno escolar. Assim, o estudante é acompanhado no seu rendimento nas atividades escolares, ao mesmo tempo em que é treinado para desenvolver conhecimentos em língua estrangeira e outras habilidades, como salvamento, sobrevivência na selva e combate a incêndios, entre outras, além de participar das discussões relacionadas à cidadania.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row_content” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”314239″ parallax_speed_bg=”1″][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]

Conhecimento que pode salvar vidas

Willian Vitório recebendo certificado de participação no Bombeiro Mirim, das mãos do Major Claudio Falcão (Foto: Assessoria CBMAC))

Era julho deste ano, no bairro José Braúna, em Brasileia quando William Vitório Frotas, 12 anos, se viu numa situação delicada de sua vida. Ele que socorreu o irmão de oito meses de idade, que se engasgou com o próprio alojo no momento em que acabava de ser alimentado pela avó.

Desesperada com o ocorrido, a avó chamou por Vitório, que nem imaginava colocar em prática parte do seu conhecimento sobre primeiros socorros adquirido durante a formação de bombeiro mirim. Era mais que isso: salvar a vida do irmão.

“Eu estava nervoso, mas sabia que naquele momento precisava ser corajoso pra ajudar meu irmão a sobreviver. Aí fui em frente até conseguir tirar toda a secreção do nariz dele até que voltou a respirar”, conta Frotas.

O segundo salvamento do qual o pequeno já pode se orgulhar foi realizado na Bolívia, ao fazer o resgate de uma criança que havia se afogado na piscina. Este último, além de tudo, representou um momento de superação para Vitório, que antes da formação do curso, era averso a qualquer atividade na água.

Orgulhosa, a mãe Maria José Batista relata a admiração pelo filho. “Quando ele viu a menininha se afogando tinham poucas pessoas na piscina e ele não pensou duas vezes. Não perguntou nada pra ninguém e pulou pra ajudar ela e conseguiu fazer ela tornar. Foi uma alegria porque quando ele tinha dois anos de idade quase morreu afogado, e naquele momento ele salvou a vida de alguém sem nem ter pensado na própria vida”, expressa.

Relatos como esse podem se tornar comuns na vida de milhares de adolescentes alcançados pelo projeto em todo o estado.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row_content” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”312161″ parallax_speed_bg=”1″][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1511386158923{background-color: #ffffff !important;}”][vc_column][vc_column_text]

Estímulo que dialoga com a família e a sociedade

Este ano, o projeto atende cerca de 1.500 adolescentes (Foto: Rayele Oliveira)

“Uma pena que está acabando!”, resumiu Julie Mesquita, 13 anos, sobre o cronograma da edição 2017 do Bombeiro Mirim. A estudante da Escola Estadual Lindaura Leitão é uma entre os mais de mil adolescentes contemplados este ano. Ao ser questionada sobre a experiência, ela revela que o maior ganho da dinâmica de ensino adotada são as lições que se levam para a vida.

“Existem algumas partes do treinamento que são difíceis e eles avisam que vão ser difíceis, mas que não podemos desistir no meio do caminho. E foi conseguindo passar por cada etapa que eu aprendi que a gente pode vencer tudo na vida também”, expressa.

Julie (D) fala da satisfação em participar do bombeiro mirim (Foto: Rayele Oliveira)

Quem também está aproveitando a oportunidade do curso é Felipe Lira, estudante do 8° ano da rede pública. Ele conta que detalhes do cotidiano passaram a ter outro sentido depois da convivência com a equipe de profissionais do projeto, como o simples fato de manusear um talher: “Antes eu não sabia usar bem os talheres e nem tinha coragem de pedir ajuda aos meus pais pra aprender. Com mais humildade a convivência com eles melhorou, me tornei um filho melhor também com o que aprendi”.

O trabalhar em equipe e o respeito ao próximo são unânimes nos relatos dos estudantes. E quem testifica são aqueles com quem convivem diariamente, sobretudo os pais – que apoiam e agradecem a iniciativa. Euzébio Lira, 42 anos, é pai de Felipe e tem como parte de sua rotina diária buscá-lo depois do treinamento. Já o comportamento do filho, segundo ele, é algo que muda constantemente desde sua adesão ao curso: “Esse é um projeto que dá uma certeza que todo pai gostaria de ter, a de que seu filho não vai estar na rua, mas sim, aprendendo algo muito bom para o futuro dele socialmente”.

Pai de Felipe relata bom comportamento do filho (Foto: Rayele Oliveira)

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Quem participa do Bombeiro Mirim?

Para fazer parte do projeto, o adolescente entre 12 e 14 anos tem que apresentar boas notas e ser aluno da rede pública de ensino. Paralelamente ao ano letivo, as inscrições só podem ser feitas no início do semestre, na própria escola, pois a coordenação disponibiliza vagas para as escolas próximas aos locais onde se realizam as atividades.

Coordenador do projeto há três anos em Rio Branco, tenente Brito destaca que o resultado é gratificante, a exemplo de estudantes formados pelo curso que retornam como monitores. “Temos alguns padrões de avaliação do aluno, como comportamento, assiduidade e disciplina. E o que deixa a gente mais feliz é perceber que esse trabalho de prevenção é o caminho certo e a maior parte deles sabe aproveitar essa oportunidade de ser despertado a tempo pro que é lícito e honesto, pra importância dos valores em sociedade”, enfatiza.

Atualmente, a corporação militar disponibiliza em torno de 40 profissionais instrutores para a execução do trabalho extracurricular em todo o estado, que conta, ainda, com o apoio do Juizado da Infância e da Juventude, Tribunal de Justiça e conselhos tutelares. Desde março deste ano, o projeto envolve somente na capital cerca de 1.500 adolescentes, ao passo que há dois anos apenas 300 estudantes participavam. A quantidade de núcleos de atendimento também aumentou de três para quatro pontos, sendo eles os Centros da Juventude (Cejas), nos bairros São Francisco, Estação Experimental e Aeroporto Velho, além da Praça da Juventude na Cidade Nova.

“Dessa forma conseguimos contemplar quatro regionais em dois turnos de atividades e a previsão para 2018 é de que tenhamos um espaço cedido também na Cidade do Povo. Nosso objetivo é ter, futuramente, a possibilidade de ampliar a oferta do curso e também a extensão da faixa etária, para que esses adolescentes possam, de fato, se verem livres de qualquer ociosidade”, acrescenta Brito.

O objetivo é ampliar a oferta de vagas e de faixa etária (Foto: Arquivo Assessoria)

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