Projeto Quem ama abraça percorre escolas em Rio Branco

O debate foi sobre questões de gênero e o protagonismo da juventude contra a cultura da violência (Foto: Alexandre Noronha/Secom)

De cunho nacional, a campanha “Quem ama abraça – fazendo escola” é coordenada no Acre pelas secretarias de Estado de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres) e de Educação e Esporte (SEE). Lançado em abril de 2016, o projeto já percorreu escolas públicas de Rio Branco e do interior do estado, levantando o debate sobre as questões de gênero e o protagonismo da juventude contra a cultura da violência.

Nesta quarta-feira 29, a equipe da SEPMulheres reuniu oito turmas de alunos do ensino fundamental da Escola Lindaura Martins Leitão, localizada no bairro Eldorado, em Rio Branco para uma roda de conversa.

“Nesses encontros trazemos informações, exemplos e levantamos o debate na linguagem deles para que todos entendam a importância de se combater todo tipo de violência contra a mulher. Pregamos o respeito às diferenças e encorajamos os jovens a denunciar casos de abuso”, disse Hálica Kaialy, assessora jurídica da SEPmulheres.

No projeto são capacitados professores e coordenadores escolares e os estudantes são incentivados a multiplicar as informações no ambiente familiar.

Para o diretor da escola, Antônio Souza, o encontro agrega valor ao trabalho já realizado na comunidade no combate à violência. “Por ser uma área de periferia convivemos com muitas histórias de agressão no âmbito familiar ou na vizinhança, esse debate se soma a tudo que já combatemos diariamente. Aqui pregamos o carinho e principalmente o respeito à mulher”, comentou.

Adolescentes participam de debate sobre violência contra a mulher (Foto: Alexandre Noronha/Secom)

Grávida de seis meses, a adolescente Natália Siqueira, de 14 anos, ouviu atentamente a palestra da assistente social e relatou já ter presenciado casos de abuso a mulheres próximas a ela. “É comum na vizinhança o homem bater na mulher e muitas vezes ninguém sabe a quem pedir ajuda, mas agora eu sei que existe um número para denunciar e que é anônimo, se eu voltar a ver algum caso de violência vou tentar ajudar”, disse a estudante.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter