Reeducandos de Sena Madureira são qualificados para o mercado de trabalho

Internos participam de projeto de ressocialização (Foto: Marcelo Torres)
Internos participam de projeto de ressocialização (Foto: Marcelo Torres)

Com a finalidade de recuperar indivíduos privados de liberdade, o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), por meio da direção da unidade Evaristo de Morais, em Sena Madureira, em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre (Ifac), certificou na segunda-feira, 27, reeducandos no curso de horticultura orgânica.

Durante três meses uma turma composta por 20 reeducandos do presídio de Sena Madureira recebeu aulas que consistem na produção de alimentos sem agrotóxicos, porém, apenas sete pessoas concluíram essa capacitação.

“A parceria entre as duas instituições já ofereceu vários cursos profissionalizantes nas unidades prisionais do Acre, pois o Ifac, por meio do Pronatec prisional, vem desde 2013 capacitando pessoas presas em todos os regimes, sejam no fechado, semiaberto e aberto, além de egressos do sistema prisional e pessoas em cumprimento de alternativas penais”, destacou a coordenadora do Pronatec, Daniella Jacob.

Para o diretor do presídio de Sena Madureira, Aécio Lima, essa é uma oportunidade para que quando os reeducandos saírem da penitenciária sejam reintegrados ao convívio social.

“Trabalhamos a recuperação, ressocialização e readaptação entre outros sinônimos que dizem respeito ao conjunto de atributos que permitem ao indivíduo tornar-se útil a si mesmo, à família e à sociedade”, enfatizou.

Uma nova porta se abre

O reeducando M.C.O., que cumpre pena no regime fechado, fala da experiência de participar dessa qualificação. “Caímos no mundo do crime muitas vezes por falta de oportunidades como essa. Esse foi o meu caso, mas boa parte do envolvimento na criminalidade foi escolha pessoal”, enfatizou.

O interno ressalta ainda que reconhece os esforços das assistentes sociais da unidade e da equipe técnica empor levar essa qualificação ate a unidade. Segundo ele, o plano futuro é, ao deixar o sistema prisional, poder trabalhar com hortaliças orgânicas.