Quem voa por cerca de uma hora de Rio Branco a Santa Rosa do Purus até pensa se tratar de um destino próximo e com uma logística simples. Entretanto, nem atenta que é ali por baixo – em meio à floresta amazônica -, pelo Rio Purus, a única forma de levar materiais e equipamentos para a construção civil.
E quando se trata de uma obra pública, que deve seguir todos os ritos da lei, as dificuldades tornam-se ainda maiores. Poucas empresas têm interesse em concorrer a uma licitação cujos insumos para os serviços precisam ser enviados em balsas – no inverno amazônico – para o início dos trabalhos apenas no verão. Isso sem falar no transporte de engenheiros civis, topógrafos e técnicos até a localidade.
Superadas essas etapas, Santa Rosa recebe as primeiras obras do Programa de Saneamento Ambiental Integrado do governo do Estado. Homens e máquinas executam os serviços de infraestrutura nas ruas do município.

Santa Rosa do Purus tem o rio como o principal meio de transporte e mercadorias (Foto: Andrey Santana/Secom)
Na divisa do Brasil com o Peru, a pequena cidade acreana tem atualmente cerca de seis mil habitantes, conforme estimativa do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar de estar entre os menores contingentes populacionais do estado, Santa Rosa tem crescido. Prova disso é que foi o município acreano com o maior crescimento populacional – 9,4%, entre 2011 e 2016, conforme o IBGE.
Juntos, Feijó, Manoel Urbano, Jordão, Tarauacá e Santa Rosa do Purus concentram 68% de todos povos indígenas acreanos, segundo a publicação Acre Em Números 2017.