Saúde do Acre implanta Comitê de Investigação Vertical de HIV, sífilis e hepatite B

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesacre), por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, reuniu-se nesta quinta-feira, 14, com representantes da Universidade Federal do Acre (Ufac), Conselho Municipal e Estadual de Saúde e do Ministério Público, para tratar da criação do Comitê de Investigação Vertical de HIV, Sífilis e Hepatite B.

Devido ao crescente número de casos de sífilis em todo o Brasil, o Ministério da Saúde (MS), em parceria com o laboratório da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), percebeu a necessidade da criação de um projeto para desenvolver métodos e estratégias de combate à doença, que é transmitida não só por relações sexuais, como por meio vertical.

Moisés Viana, diretor do Departamento de Vigilância em Saúde, explica como ocorre a transmissão vertical. “Essa transmissão se dá quando a mulher que tem a sífilis fica grávida, e consequentemente transmite a doença para o bebê. Na maioria das vezes, não há o tratamento de maneira rápida por conta que a gestante não realiza o pré-natal corretamente, onde seria identificada a doença e indicado o tratamento”.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, no Brasil de 2015 a 2016 houve um aumento de 26,8% de sífilis adquirida, sendo que no caso das gestantes o aumento foi de 14,6% e nos casos quando ocorre a transmissão da doença da mãe para o filho durante a gestação houve um acréscimo de 4,7%.

No Acre não é diferente. Dados mais recentes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-NET) mostram que em 2016 foram registrados 586 casos de sífilis no estado, sendo 372 em gestantes e 71 casos de sífilis congênita. Já em 2017 foram registrados 920 casos, sendo 425 em gestantes e 92 casos de sífilis congênita.

O projeto pretende realizar uma investigação sobre os casos de sífilis no estado, para assim ampliar as discussões e as estratégias de combate à doença. O Promotor de Justiça Gláucio Oshiro fala um pouco sobre a participação no projeto.

“Nós iremos acompanhar as propostas de intervenção, apoiando às iniciativas as ações, atividades, a fim de encontrar a melhor maneira de combater não só a Sífilis, mas também o HIV e as Hepatites Virais”.

Vale lembrar que a única maneira segura de evitar qualquer Infecção Sexualmente Transmissível (IST) é o uso do preservativo. Em relação à identificação e tratamento da doença, basta se dirigir a qualquer unidade de saúde e realizar o teste rápido, caso dê positivo o paciente é encaminhado para coleta de exames para confirmação da doença e já tem início o tratamento.

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