Saúde realiza oficina de tracoma com profissionais do Baixo Acre

Você já ouviu falar em tracoma? Quase ninguém conhece, mas é uma doença contagiosa transmitida pela mosca, que, nesse caso, todo mundo conhece. A transmissão é feita pelo contato direto com as secreções oculares, nasais ou bucais de uma pessoa afetada, através de objetos em contato com essas secreções e até mesmo por meio de insetos.

A doença compromete a visão afetando o globo ocular, algumas vezes provocando até a perda total da visão.

Exatamente por ser tão desconhecida, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), por meio do Departamento de Vigilância Epidemiológica, realiza durante toda a sexta-feira, 19, uma atividade de capacitação com profissionais em saúde da região do Baixo Acre, no Hotel Nobile Suítes, em Rio Branco, sobre a doença.

Na maioria das vezes, ao ser infectado pelo vírus, os sintomas iniciais são vermelhidão dos olhos e lacrimejamento, podendo ser facilmente confundido com conjuntivite. Porém, os sintomas a mais e que confirmam o tracoma são dor nos olhos, pálpebras inchadas e a impossibilidade de conseguir olhar diretamente para a luz.

O tratamento, assim como o diagnóstico, é simples. Com o uso de colírios, cremes, pomadas ou até mesmo antibióticos, de acordo com a indicação do médico, o paciente afetado tem sua saúde ocular restabelecida.

No entanto, se o tracoma não for corretamente tratado, pode evoluir para uma série deficiência visual e em alguns casos provocar a cegueira.

O assunto é tão sério que se transformou em uma preocupação para a saúde pública, já que a doença é responsável por grande parte dos casos de cegueira em países subdesenvolvidos.

No período de 2014 a 2018, foram examinados mais de 23 mil estudantes da rede pública do 1º ao 5º ano do ensino fundamental do estado, além de contatos domiciliares. Desse total, foram diagnosticados 253 casos de tracoma, o que representa uma taxa de 1,10%.

Por isso, técnicos da vigilância epidemiológica da região do Baixo Acre, formada por Rio Branco, Capixaba, Senador Guiomard, Acrelândia, Bujari e Plácido de Castro, participaram da oficina com o objetivo de atualizar os profissionais, falando sobre o tratamento, diagnóstico, controle e prevenção da doença.

A enfermeira Tânia Melo, responsável pela área técnica das doenças imunopreveníveis, ressalta a participação de 30 técnicos da região. “Queremos que os profissionais se atualizem sobre a doença, para que tenhamos um diagnóstico mais conciso.  É necessário que se saiba como agir quando se desconfia que um paciente tem tracoma.”

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter