Saúde realiza pesquisa sobre leishmaniose em Assis Brasil

Uma equipe da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), em ação conjunta com o Ministério da Saúde (MS) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), realizou na última semana uma atividade de pesquisa, investigação e capacitação com foco em leishmaniose visceral no município de Assis Brasil, localizado na região do Alto Acre, fronteira com a Bolívia e o Peru.

A doença é transmitida por mosquitos infectados, com sintomas que provocam o aumento do baço e fígado, e, caso não seja tratada de forma correta, pode levar ao óbito.

A ação, organizada pelo departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Controle de Endemias da Sesacre, surgiu devido a suspeita de casos da doença no município, já que o mesmo faz fronteira com a cidade de Inãpari, no Peru, que tem registros desse tipo de leishmaniose.

Marilia Carvalho, gerente do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Controle de Endemias da Sesacre, destaca a ação conjunta com as instituições nacionais. “É uma pesquisa importante, já que demanda o envolvimento de instituições de saúde do Brasil. Tivemos também apoio de técnicos do Peru para ajudar na investigação de casos no município de Assis Brasil e Inãpari, da mesma forma que os apoiamos, pudemos também contar com a ajuda deles, então se tornou uma parceria internacional”.

O estado não tem casos de leishmaniose, mas por fazer fronteira com países que tem incidências da doença, os agentes de saúde de Assis Brasil, participaram de capacitações para identificar e entender a doença.

De acordo com técnica de endemias, Carmelinda Gonçalves, foram realizadas cerca de 200 coletas em cães para análise. É que esses animais são também afetados. “Esse tipo de leishmaniose no Acre não existe. Estamos fazendo uma vigilância ativa, por isso a importância dessa pesquisa para que possamos nos prevenir da doença já que fazemos fronteira com o Peru e a Bolívia”, disse.

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