Mulheres indígenas

SEPMulheres apresenta políticas públicas para os povos indígenas durante encontro no Acre

Encontro será realizado até esta quinta-feira (Foto: Luciano Pontes)

A secretária de Estado de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPMulheres), Concita Maia, representando o governo do Estado, participa das atividades do 1° Encontro de Mulheres Indígenas no Acre.

O evento se encerra nesta quinta-feira, 31, e conta com a presença de mulheres indígenas do Acre, Amazonas, Amapá, Roraima e do Peru e tem por objetivo promover a troca de experiências entre as mulheres indígenas, dando visibilidade e fortalecendo a participação delas na vida produtiva, cultural, espiritual e política das aldeias e dos povos.

Como uma das palestrantes do primeiro dia de atividades, Concita Maia falou da importância de participar de um encontro com essa magnitude. “Para mim é uma honra participar deste processo histórico de empoderamento e de luta das mulheres indígenas, mulheres guerreiras, batalhadoras, as verdadeiras guardiãs da nossa floresta.”

A secretária fez uma apresentação das Políticas Públicas para os Povos Indígenas desenvolvidas pelo governo do Estado, como a construção de casas de produção em cinco aldeias e a entrega de equipamentos para facilitar a produção do artesanato indígena.

Políticas para as mulheres em números

As políticas para mulheres desenvolvidas pelo governo do Estado, por meio da SEPMulheres, entre os anos de 2011 e 2016, deram uma maior qualidade de vida para as mulheres indígenas com a entrega de equipamentos e casas de produção e cultura, além de cursos de aperfeiçoamento para o correto manuseio das máquinas.

Foram entregues cinco Casas de Produção e Cultura da Mulher Indígena e também cinco canoas com motor, 150 máquinas de costura, cinco fogões industriais, cinco seladoras e cinco máquinas de beneficiamento de sementes.

Esses materiais foram igualmente distribuídos entre as aldeias do Caucho, Novo Amparo, Mutum, Nova Esperança e Nova Aldeia no município de Tarauacá, atendendo 150 mulheres indígenas, fortalecendo assim a autonomia econômica de todas.

Concita Maia apresentou a carta de investimentos do governo nas políticas públicas para mulheres (Foto: Luciano Pontes/SepMulheres)

Segundo Concita Maia, a preocupação maior era o fortalecimento da identidade indígena. “As mulheres indígenas precisavam de instrumentos mais eficientes para trabalharem o artesanato, elas precisavam se apropriar dessa tecnologia, de uma furadeira, de uma beneficiadora de sementes, instrumentos que facilitariam a produção do seu artesanato.”

Além da entrega dos equipamentos, a Secretaria de Políticas para as Mulheres também alcançou 217 mulheres indígenas com campanhas educativas sobre o enfrentamento à violência contra as mulheres, a importância da documentação, economia feminista e solidária, direito tributário e políticas públicas. Ao todo, foram sete etnias contempladas em Marechal Thaumaturgo, Jordão, Santa Rosa do Purus, Tarauacá, Feijó e Assis Brasil.

Outra ação, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e Casa Civil foi a implementação do programa Bolsa Parteira nos municípios de difícil acesso, como Porto Walter, Marechal Thaumaturgo, Jordão e Santa Rosa do Purus. Alem disso, também houve a inserção de 58 mulheres indígenas em cursos de qualificação profissional de Rio Branco, Epitaciolândia, Brasileia e Feijó.

“Isso tudo que falei é um pouco das políticas direcionadas para as mulheres. Ainda não é o ideal para resolvermos todos os nossos problemas, mas também não estamos paradas. O que vimos aqui foi um avanço para as políticas para os povos indígenas”, disse Concita Maia.