Tião Viana celebra economia sustentável com apoio a extrativistas de Xapuri

O governo já investiu mais de R$ 35 milhões na Resex Chico Mendes (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Com a entrega de equipamentos para nove comunidades da Reserva Extrativa (Resex) Chico Mendes, em Xapuri, o governador Tião Viana celebrou, junto aos extrativistas, o avanço da economia rural e do bem-estar das mais de 450 famílias beneficiadas, direta e indiretamente, pelo investimento de R$ 2,6 milhões.

A solenidade ocorreu na comunidade Semituba, nesta quinta-feira, 30, e marcou o inicio do plano de gestão da Associação dos Moradores e Produtores da Reserva Chico Mendes (Amoprex), que trabalhará a cadeia produtiva da castanha. A ação contemplou ainda outras comunidades com kits para corte e coleta do látex.

O governador traduziu o momento como uma oportunidade de transformar a vida dos beneficiados para melhor. “A gente é capaz de ir muito longe quando se trabalha com qualidade, força e defendendo aquilo que se acredita. Esses R$2,6 milhões têm um significado para nós: melhorar a vida das pessoas e abrir um caminho de prosperidade, além de tudo que vocês já construíram com as mãos próprias”, declarou aos extrativistas, moradores da floresta.

Viana falou ainda da importância que cada uma dessas famílias tem ao habitarem e conservarem a floresta. “Vocês são as pessoas que têm a profissão mais bonita do planeta: vocês conseguem cuidar da renda da família e cuidar da natureza, pois o mundo sem o ambiente natural não vai aguentar. Vocês são os guardiões de defesa da floresta. É lindo o que está sendo feito por essas comunidades”, disse. Para o governador, os povos da floresta são os principais responsáveis pelo modelo econômico acreano, baseado no desenvolvimento sustentável com ações que beneficiam a Amazônia.

Produtos da floresta

Com o Acre sendo o segundo maior produtor de castanha-do-brasil, o fomento ao trabalho dos extrativistas se torna um dos focos principais do governo do Estado. O plano de gestão realizado pela Amoprex faz parte do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Acre (PDSA), fase II, desenvolvido pelo governo, por meio da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

As famílias contempladas pelo plano terão acesso a oito quadriciclos com carroceria para transporte da castanha, que poderá ser feita ainda com burros e cavalos. Estão sendo construídos também nove galpões para armazenamento do produto, melhorando, assim, a qualidade da castanha que será vendida para a indústria beneficiadora, que neste caso é a Cooperacre, administrada por extrativistas acreanos.

“Com isso, vamos ter um trabalho melhor de armazenamento da castanha. Estamos fazendo também um trabalho de conscientização com os associados para termos o maior número do produto sendo vendido para a Cooperacre, gerando renda em nossos municípios de Xapuri e Brasileia. Assim valorizamos o produtor e o parceiro, que é a cooperativa”, afirmou Tião Pereira, presidente da Amoprex.

A lata da castanha tem variado de R$ 75 a R$ 150, conforme a safra (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Para se ter uma idéia do volume desta noz altamente consumida no Brasil e em outros países, só as comunidades dentro da Amoprex produziram em 2016 cerca de 108 mil latas de castanha, o que significa em média 1.180 toneladas, mesmo tendo sido um ano de queda na coleta, por questões climáticas. A lata chegou ao preço final de R$ 75 neste período, mas ela pode variar, conforme a safra, até mais de R$ 150.

Francisco de Assis Monteiro, presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Xapuri, explica como essa cadeia produtiva tem impactado a vida dos extrativistas. “Nos últimos anos, esse apoio do governo do Estado permitiu que a Cooperacre pudesse melhorar o preço da castanha. Para você ter uma ideia, tem seringueiro nessa região que tira até mil latas de castanha. Com o preço do último ano, esse homem tirou R$ 75 mil durante a safra”, afirmou.

Além da cadeia produtiva da castanha, a solenidade marcou também a entrega de kits para o trabalho dos seringueiros que colhem látex, que pode ser vendido para a indústria da Cooperacre ou para a Natex, fábrica de preservativos em Xapuri.

Cerca de 50 famílias das comunidades do Cachoeira, Albracea, Seringal Nazaré e Seringal São Pedro receberam kits com bicas, tigelas, facas e baldes.

Acre sustentável

A ação desta quinta-feira faz parte de um trabalho continuo do governo do Estado para fortalecer a economia florestal, gerando renda e bem-estar para famílias tanto das unidades de conservação, quanto das demais comunidades rurais. Só durante a gestão de Tião Viana, os investimentos da Resex Chico Mendes, uma unidade de responsabilidade da União, ultrapassam os R$ 35 milhões.

“Com esse trabalho, estamos mantendo um desenvolvimento sustentável e neste caso com uma produção de castanha realizada forma bem responsável e organizada. O governo do Estado está disponibilizando equipamentos para aumentar a produção, melhorar a vida das pessoas e dando apoio para que elas continuem mantendo a floresta”, afirmou João Thaumaturgo Neto, titular da Seaprof.

“Esse momento é de compromisso com aquele que mais precisa, o extrativista, o produtor rural. Essa é a marca do governo de Tião Viana, que desde quando assumiu entendeu que a produção era prioridade. Em seu sétimo ano de governo, os investimentos continuam ocorrendo nessa área”, afirmou Leila Galvão, deputada estadual.

“O governo do Estado não tem deixado de apoiar o setor produtivo como um todo. Nós estamos dentro da floresta, aqui na Resex Chico Mendes, com um investimento de R$ 2,6 milhões, mostrando que é possível, em parceria com a associação, desenvolver a comunidade”, declarou Lourival Marques, deputado Estadual.

“A cadeia produtiva da castanha é muito importante para essas famílias e esse investimento do governo do Estado tem trazido muita renda e qualidade de vida para as pessoas. Aqui, se produz a renda das famílias e tem a conservação da natureza, parabéns ao governador Tião Viana”, afirmou o prefeito de Xapuri, Bira Vasconcelos.

“Chegar com esses equipamentos aqui significa oportunizar renda e, com isso, oferecer um crescimento para as famílias. Junto a educação rural que há nessas comunidades, temos um grande aliado na construção de um ambiente de paz”, disse Emylson Faria, secretário de Segurança do Estado.

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