Estudantes Indígenas apresentam projetos de formação de curso

O fortalecimento das comunidades indígenas foi o objetivo que orientou a elaboração dos projetos apresentados nesta terça-feira, 11 , por quinze estudantes que concluem o curso de formação inicial de Gestores de Projetos Indígenas. O curso, com a duração de quase dois anos, foi oferecido pelo Governo do Estado, através do Instituto Dom Moacyr, na Escola da Floresta, e contou com a parceria da Assessoria Especial dos Povos Indígenas do Governo, UFAC, SEE, FUNASA, FUNAI, DERACRE e GTZ (cooperação alemã financiadora de 4 módulos do curso).

Vigilância e Fiscalização das Terras Indígenas, Segurança Alimentar, Criação de Galinhas Caipiras, Escoamento do Artesanato Indígena foram temas de alguns desses Projetos. Jocemir Kaxinawá, representou durante o curso diversas aldeias do município de Tarauacá; o trabalho elaborado por ele tem como título "Vigilância e Fiscalização das Terras Indígenas de Tarauacá". Segundo o educando, "o curso foi uma ferramenta importante para que nós possamos agora levar esse conhecimento de volta para a comunidade e fazê-la crescer. Esperamos também que haja uma continuidade nessa nossa formação".

Apesar da alegria e descontração, próprias de quem já concluiu uma etapa de formação, os projetos foram apresentados de maneira muito séria e comprometida, demonstrando que cada um está propondo atividades possíveis de serem realizadas e que trazem a necessidade real das comunidades. Estavam presentes no evento, representantes de organizações indígenas, técnicos da Gerência de Educação Escolar Indígena da SEE, representantes da Secretaria de Estado de Assistência Social, da GTZ, além do Diretor-presidente do Instituto Dom Moacyr, Irailton Lima, e do Assessor Especial dos Povos Indígenas do Governo, Francisco Pianko.

Segundo o Assessor, Francisco Pianko, "nós, índios, precisamos de ferramentas para fazer com que nossas comunidades dialoguem melhor com outras instituições e entidades financiadoras para poder acessar os benefícios que elas oferecem. Acredito que esse curso foi uma dessas ferramentas".

"Nossas comunidades estão nos esperando, a expectativa é muito grande porque os povos indígenas nunca tiveram muito acesso e agora nós chegamos até aqui", conta o educando Alberto Kaxinawá, da Aldeia Nova Fonteira, Terra Indígena dório Alto Purus, do município de Santa Rosa. O Projeto apresentado por ele teve como título "Plantio e Fortalecimento da Medicina Tradicional do Povo Huni Kui.

O Diretor-presidente do Instituto Dom Moacyr, Irailton Lima, falou que "o Governo está procurando fazer o melhor, sabemos de todas as dificuldades enfrentadas para se oferecer essa formação, mas tivemos o máximo de cuidado para que esse trabalho correspondesse às expectativas deles. Espero que esses projetos sejam muito bem-sucedidos. O bom projeto é aquele que está de acordo com as necessidades da comunidade e está tecnicamente bem elaborado. Acredito, então, que esses estão bons".

 

 

 

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