Acre aguarda mais apoio do Governo Federal para resolver situação dos haitianos que estão no Estado

Catorze toneladas de alimentos foram doados pelo Governo Federal para amenizar problemas com o constante aumento dos imigrantes do país caribenho

Atualmente, há cerca de 1.250 haitianos no município de Brasileia, onde aguardam ajuda para seguir viagem, já que o Acre é apenas a porta de entrada para o Brasil (Foto:Assessoria Sejudh)
Atualmente, há cerca de 1.250 haitianos no município de Brasileia, onde aguardam ajuda para seguir viagem, já que o Acre é apenas a porta de entrada para o Brasil (Foto:Assessoria Sejudh)

Atualmente, há cerca de 1.250 haitianos no município de Brasileia, onde aguardam ajuda para seguir viagem, já que o Acre é apenas a porta de entrada para o Brasil (Foto:Assessoria Sejudh)

O Governo do Estado do Acre, através da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) está em constante diálogo com os órgãos federais, responsáveis pelas questões de Direitos Humanos e as políticas de Relações Exteriores, buscando apoio para auxiliar nas ações humanitárias iniciadas pelo Governo do Estado desde fevereiro de 2011.

O Governo Federal doou, através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), 14 toneladas de alimentos que serão distribuídos em duas etapas, a primeira aconteceu na tarde desta segunda-feira, 02, com a entrega de 7 toneladas, garantindo, por poucas semanas, as três refeições diárias aos haitianos. Nos próximos dias também serão instalados banheiros químicos na localidade onde a maioria está alojada.

Todos os dias grupos de homens, mulheres e crianças chegam pelas fronteiras com o Peru e a Bolívia, geralmente guiados por “coiotes”, muitos haitianos chegam em Brasiléia bastante debilitados, eles denunciam que durante a viagem por esses países, são vítimas de agressões, roubo e as mulheres sofrem violência sexual, perdem o pouco que tinham e ficam fragilizados emocional e financeiramente.

Atualmente, há cerca de 1.250 haitianos no município de Brasiléia, onde aguardam ajuda para seguir viagem, já que o Acre é apenas a porta de entrada para o Brasil, a maioria busca trabalhos em usinas e na construção civil, principalmente na cidade de Porto Velho.

“Estamos passando por uma situação caótica e o problema só vem aumentando, o Governo do Estado não tem mais recursos para garantir o mínimo de ajuda humanitária, esperamos que o Governo Federal tome providências” ressaltou o Secretário de Estado, Nilson Mourão.

A principal rota utilizada pelos haitianos para chegar ao Brasil inicia na República Dominicana, passando pelo Panamá, Equador, Peru e Bolívia, com viagem de avião no primeiro trecho, depois de ônibus por cerca de cinco dias, além disso, andam na mata do Peru para a Bolívia por mais de 110 quilômetros.

A Polícia Federal é responsável pela documentação dos haitianos, somente com esses documentos em mãos, eles podem seguir viagem em busca de trabalho. O número de funcionários que atendem nos municípios de Brasiléia e Epitaciolândia é pouco para o aumento da demanda gerada pelos haitianos. “É necessário que o Governo Federal estude a possibilidade de aumento de pessoal, ou um sistema temporário de múltirão da Polícia Federal para agilizar os processos”, pontuou o Secretário.

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