Acre realiza o 24º transplante de fígado com sucesso

Morador de Epitaciolândia, paciente com cirrose hepática recebeu o transplante de fígado (Foto: Angela Peres/Arquivo)

Vida nova e com qualidade. Oportunidade de ter de volta uma vida saudável é o que muitos pacientes estão tendo no Acre, graças aos serviços de transplantes no Estado, que têm alcançado bons resultados e vêm ao longo dos últimos 10 anos possibilitando a reversão do quadro de doenças crônicas e garantindo a melhoria da condição física de quem aguardava na fila de transplantes.

“As maiores autoridades médicas em transplante do país me disseram que não seria possível fazer transplantes de fígado no Acre. Então, para quem concordou com eles, está aí um modelo que mostra o que é possível com gestão, unidade e compromisso. Nosso país pode ser melhor, muito mesmo”, relata um dos responsáveis pelo sucesso e eficácia dos transplantes realizados no estado, médico Tércio Genzini, diretor do Grupo Hepático em São Paulo.

Estado é o segundo do país em transplantes de fígado

Na madrugada desta terça-feira, 1, a saúde acreana chegou ao número de 24 transplantes de fígado. Um paciente de 52 anos, vítima de cirrose hepática, residente em Epitaciolândia (220 quilômetros de Rio Branco), recebeu o fígado, doado pela Central de Transplantes do Estado de Goiás. O transplantado aguardava há seis meses pelo novo órgão e se recupera bem do procedimento.

Superando as dificuldades e a difícil logística, hoje o Acre é um dos estados que mais realiza transplante de fígado em todo o país, ficando atrás apenas do Distrito Federal, segundo o ranking nacional de transplantes.

“A atitude pode salvar muitas vidas. A doação de órgãos é um ato de amor ao próximo. Temos nos empenhado para que o Acre continue avançando e seja referência para outros estados. A política de transplante é uma realidade sólida no Acre. Infelizmente, o principal obstáculo para a efetivação de doação de órgãos ainda é a recusa familiar”, destaca a coordenadora da Central de Transplantes do Hospital das Clínicas, Regiane Ferrari, informando ainda que no Acre existem cerca de 50 pacientes na fila de transplante.

Atualmente, as causas mais comuns de indicação para realização do transplante de fígado são a hepatite C crônica e a doença hepática alcoólica, o que corresponde a 40% do total de candidatos adultos que aguardam pelo procedimento.

No cenário da doação de órgãos e tecidos, o Brasil se destaca no contexto mundial, principalmente por ter o maior sistema público de transplante do mundo. Segundo o Ministério da Saúde, 95% dos procedimentos são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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