Alunos da Sebastião Pedrosa levaram beleza e poesia para a Mostra Viver Ciência

Dois projetos artísticos da escola Sebastião Pedrosa chamaram a atenção de quem passeava pela Mostra Viver Ciência que este ano ocorreu em conjunto com a Semana de Tecnologia no Parque de Exposições. O primeiro foi Revelando o Cotidiano, um projeto de fotografia desenvolvido pelos alunos do segundo ano na disciplina de artes.

Para o estudante Gabriel cada fotografia carrega um significado Foto: Sérgio Ronney/Secom

De acordo com o professor Quilrio Farias as fotos foram feitas por meio do aparelho celular utilizando técnicas de perspectiva, luz e sombra. Os estudantes fotografaram o ambiente escolar.

“A única coisa que eles não podiam usar era os efeitos da câmera.  A ideia foi trabalhar a arte com o nosso recurso, despertar a criatividade do olhar e como que eles conseguem combinar a técnica com a criatividade. E dentro da escola, abranger a visão de mundo, porque, às vezes, o cotidiano da escola pode ser cansativo, mas como tentar buscar, dentro desse cotidiano, poesia e beleza que é interessante”, conta o professor.

O professor de artes Quilrio Farias contou que a ideia é despertar a criatividade dos alunos Foto: Sérgio Ronney/Secom

Para o estudante Gabriel Vinicius as fotografias, além de representarem o espaço escolar, carregam diversos significados. “Como foram várias imagens, cada uma trouxe uma ideia, um pensamento. Tipo, tem uma imagem em que há uma árvore morta e uma viva e entre elas existe um muro, se você parar para pensar, é a vida e a morte caminhando lado a lado. Isso é um pensamento filosófico e isso existe dentro da nossa escola”.

O outro projeto que encantou os visitantes foi o livro Poemas sustentáveis sem data de validade, trabalhado pelos alunos do primeiro ano, também na disciplina de artes. Eles pegaram materiais que iam para o lixo, como pastas velhas, provas antigas, jornais e revistas e produziram um livro de poemas. As ilustrações foram feitas a partir de colagens.

O livro foi produzido com materiais que iam para o lixo Foto: Sérgio Ronney/Secom

Ainda segundo o professor, por conta do tempo, apenas uma edição foi produzida, mas a partir de agora, mais livros surgirão. “Como a gente foi trabalhar com o termo sustentabilidade, eu pensei de a gente trabalhar a poesia para justamente encantá-los com a escrita. Cada livro é uma obra arte, porque cada livro será único. Lembra fanzines, antigos diários, os alunos trabalharam com muito afinco”.

A aluna Gleice Kely contou que todos os poemas são de autoria dos próprios alunos, dentre eles, sete são de sua autoria. “Eu nunca havia escrito poemas, só frases e textos, e eu descobri que eu tenho essa capacidade. Esse trabalho mudou algo em mim porque você descobre que você é capaz de muitas coisas, você descobre algo em si e também estimula a sua criatividade em algo que gosta”.

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