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Artesanato e culinária do Acre ganham mais visibilidade no 12º Salão do Artesanato

A beleza e a qualidade do artesanato e da comida do Acre abrem mercado.  “Os artesãos acreanos produzem obras belíssimas e a comida acreana é muito saborosa. Isso precisa ser mostrado ao Brasil, pois a qualidade desses produtos abre mercado para esses profissionais”. A avaliação é do representante do Acre em Brasília, Ricardo França, feita ao percorrer a exposição dos produtos do estado no 12º Salão do Artesanato. Ele destaca a importância do apoio à exposição dessas obras no 12º Salão do Artesanato – Raízes Brasileiras, um dos maiores da área no país, que ocorre desde o dia 8 e segue até o dia 12, na capital federal.

O Acre está sendo homenageado no evento e conta com dois estandes onde estão sendo expostas obras de 19 artesãos acreanos e apresentadas comidas típicas do Estado. A iniciativa tem o apoio do governo do Acre e foi organizada pela Secretaria de Empreendedorismo e Turismo (Seet), com apoio do Sebrae. Na quarta-feira, 9, Ricardo França percorreu o local, juntamente com a secretária da SeeT, Eliane Sinhasique.

Representante do Acre em Brasília, Ricardo França, visita estandes com secretária Eliane Sinhasique e conversa com artesãos (Foto: Dilma Tavares/Secom)

“Essa é uma oportunidade para esses profissionais mostrarem a beleza e a qualidade dos seus produtos, sejam aqueles feitos com o aproveitamento de matérias primas da Amazônia ou os nossos pratos típicos. Essa comprovação significa abertura de mercado para esses trabalhos, com impactos positivos no desenvolvimento econômico e social local”, disse o representante do Acre no DF.

Negócios – Os estandes acreanos contam com trabalhos que vão da marchetaria, biojoias, utensílios feitos em madeira e artesanato indígena a calçados produzidos com látex. Entre as comidas típicas estão tapioca, creme de cupuaçu e banana frita. Segundo a secretária Eliane Sinhasique, até a quinta-feira o volume de vendas dos produtos acreanos já ultrapassava R$ 119,2 mil.

“A expectativa é ampliar as vendas, pois ainda temos o fim de semana, quando aparecem mais visitantes”, disse a secretária, lembrando que, além da venda direta, ainda há as encomendas feitas durante o evento, que ampliam as possibilidades de aumento do volume de negócios.

Empresária paulista Elizabeth Vassiliou faz compras para sua loja, a Cores do Brasil (Foto: Dilma Tavares/Secom)

Entre os produtos de maior sucesso estão as obras de marchetaria do cruzeirense Maqueson da Silva, como porta-joias e bolsas, que são inspiradas na floresta amazônica e na cultura local. “Já vendemos mais da metade das 220 peças trazidas, fora as várias encomendas”, comemorava Edmilton da Silva, responsável pela comercialização dos produtos.

Um exemplo de cliente da marchetaria era a empresária Elizabeth Vassiliou, que acabava de fechar uma compra de várias peças a serem vendidas em sua loja, a Cores do Brasil, que possui no Shopping Villa Lobos, em São Paulo. “Metade do que estou comprando já tem venda garantida”, disse a empresária. Outra encantada era a engenheira mecânica Janaína Torrezoni. “É difícil encontrar um trabalho com uma qualidade tão impecável como essa”, comentava.

Além das vendas dos calçados que produz com látex, José Rodrigues, morador do município de Epitaciolândia e conhecido como “doutor borracha”, ressaltava “a oportunidade de divulgação dos produtos, que aumenta as chances de venda”.

Já Erlândia Páscoa, representante da Associação dos Artesãos do Vale do Juruá, destaca a importância do apoio à participação no evento e comemorava a visita do representante do Acre em Brasília e da secretária de Empreendedorismo. “Das feiras que já participei é a primeira vez que vejo autoridades do Acre vindo conhecer de perto os trabalhos que estamos apresentando”, explica Erlândia.